quarta-feira, 29 de junho de 2011

Intoxicações

As intoxicações sao causadas por ingestão, aspiração ou introdução no organismo que podem ser por:




  1. plantas;
  2. animais;
  3. gases tóxicos;
  4. venenos;
  5. alimentos contaminados por bactérias;
  6. produtos químicos usado em laboratório ou limpeza doméstica;
  7. entorpecentes ou medicamentos.
Para que o socorro de uma vitima seja otimizado é preciso ter os seguintes dados:
  • idade e peso;
  • produto que a intoxicou;
  • quantidade utilizada;
  • como a vitima está sentindo-se ou agindo no momento;
  • seu nome e número telefônico;
  • bula do produto ingerido.
  • como - via ingestão;
  • quando - tempo da ingestão;
  • quanto -  quantidade ingerida;
  • o que  - produto ingerido.




Algumas das plantas ornamentais que temos em nossos em vasos ou jardins podem esconder perigo por trás de sua beleza. Elas são chamadas "plantas tóxicas " pois apresentam princípios activos capazes de causarem graves intoxicações quando ingeridas ou irritações cutâneas quando tocadas.
Segundo dados do Sinitox (Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas), cerca de 60% dos casos de intoxicação por plantas tóxicas ocorrem com crianças menores de nove anos. E a maioria, 80% destes casos, são acidentais. O Sinitox, que fornece informações sobre os agentes tóxicos existentes.

Em algum grau, toda planta apresenta alguma toxicidade, mas a denominação plantas tóxicas se aplica àquelas cuja ingestão ou contato provoca sintomas de intoxicação.

Usualmente os botânicos especializados em plantas medicinais estudam também as plantas tóxicas, já que os princípios ativos são o que determina a ação de ambos os tipos, e há plantas medicinais que são tóxicas se ingeridas em excesso - como a erva-de-santa-maria, ou se certas partes da planta forem ingeridas.



 Precauções

1 - Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e dos animais domésticos. 
2 - Procure identificar se possui plantas venenosas em sua casa e arredores, buscando informações como nome e características. 
3 - Oriente as crianças para não colocar plantas na boca e nunca utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.). 
4 - Não utilize remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação especializada. 
5 - Evite comer folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta. 
6 - Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex, pois elas podem provocar irritação na pele e principalmente nos olhos. Evite deixar os galhos em qualquer local onde possam atrair crianças ou animais. Quando estiver mexendo com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta actividade. 
7 - Cuidados especiais também devem tomados com os animais domésticos. Animais filhotes e adultos muito activos têm uma grande curiosidade por objectos novos no meio em que vivem e notam logo quando há um vaso diferente em casa ou uma planta estranha no jardim. Não é raro o animal lamber, morder, mastigar e engolir aquilo que lhe despertou a curiosidade. Animais privados de água podem, por exemplo, procurar plantas regadas ou molhadas de chuva recentemente e ingerir suas partes. Há casos de cães e gatos que ficam sozinhos confinados por períodos longos que acabam se distraindo com as plantas e acabam por ingeri-las. 
8 - Em caso de acidente, guarde a planta para identificação e procure imediatamente orientação médica.
9  - Quando reformar ou planejar um jardim, informe-se sobre as espécies a serem utilizadas;
10 - Não coma, nem faça chás de plantas desconhecidas.


Caladium
Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio
Família: Aráceas.
Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão e o contacto podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio ativo: oxalato de cálcio.
COMIGO-NINGUÉM-PODE
Família: Araceae.
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.
Nome popular: aninga-do-Pará.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão e o contacto podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contacto com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio activo: oxalato de cálcio, saponinas.
COPO-DE-LEITE 
Família: Araceae.
Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng.
Nome popular: copo-de-leite.
Parte tóxica: todas as partes da planta
Sintomatologia: a ingestão e o contacto podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contacto com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio activo: oxalato de cálcio.

TAIOBA-BRAVA
Família: Araceae
Nome científico: Colocasia antiquorum Schott.
Nome popular: cocó, taió, tajá.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão e o contacto podem causar sensação de queimação, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, náuseas, vómitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contacto com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Princípio activo: oxalato de cálcio.

SAIA-BRANCA
Família: Solanaceae.
Nome científico: Datura suaveolens L.
Nome popular: trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira, zabumba.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação, hipertermia; nos casos mais graves pode levar a morte.
Princípio activo: alcalóides beladonados (atropina, escopolamina e hioscina).

BICO-DE-PAPAGAIO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contacto com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia.
Princípio activo: látex irritante.

COROA-DE-CRISTO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa-de-cristo.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contacto com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia.
Princípio activo: látex irritante.

AVELÓS 
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, edema (inchaço) de lábios, boca e língua, dor em queimação e coceira; o contacto com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia.
Princípio activo: látex irritante.

OLEANDRO
Família: Apocynaceae.
Nome científico: Nerium oleander L.
Nome popular: oleandro, louro rosa.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Sintomas: a ingestão ou o contacto com o látex podem causar dor em queimação na boca, salivação, náuseas, vómito intensos, cólicas abdominais, diarreia, tonturas e distúrbios cardíacos que podem levar a morte.
Princípio activo: glicosídeos cardiotóxicos

RICINO
Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Ricinus communis L.
Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato.
Parte tóxica: sementes.
Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vómitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito.
Princípio activo: toxalbumina (ricina).

Outras plantas venenosas:

  • Leiteiro Branco (Euphorbia leucochephala)    
  •  Samambaia (Pteridium aquilinum)
  •  Canela-de-Veado (Sessea brasiliensis)
  •  Cambará (Lantana camara)
  • Cróton (Codiaeum variegatum "Blume")
  • Leiteiro Vermelho (Euphorbia cotinifolia)
  • Avelós (Euphorbia tirucalli)
  • Batata do Inferno (Jathropha podagrica "Hook")
  •  Espatódea (Sathodea capanulata)
  •  Avenca Japonesa (Nandina domestica)
  •  Suína (Erythrina crista-Galli)
  • Jasmin Manga (Plumeria rubra)
  • Flamboyanzinho (Caesalpinea pulcherrima)
  •  Aroeira (Lithraea brasiliensis)
  •  avelós  (Euphorbia tirucalli)
  • batata (Solanum tuberosum), a solanina não pode ser comida crua
  • cinamomo (Melia azedarach)
  • comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta), cultivada como ornamental, cujosidioblastos (células especializadas) armazenam uma grande quantidade de pequenos cristais em forma de agulhas, as ráfides. A irritação e o inchaço provocados pelas ráfides podem levar ao fechamento da glote, e à morte por asfixia.
  • pinhão-branco (Jatropha curcas)
  • mamona (Ricinus communis)
  • beladona ou erva-do-diabo, utilizada como chá com objetivos alucinógenos (chá-de-lírio ou chá-do-delírio). Contém os alcalóides escopolamina e hioscina, que atuam nos receptores da acetilcolina, afetando o sistema nervoso e podendo ocasionar coma.
  • bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima)
  • buchinha (Luffa operculata), planta medicinal usada no tratamento da sinusite, por meio de infusão, mas também como abortivo. Provoca hemorragia que pode ser fatal.
  • chapéu-de-napoleão (Thevetia peruviana)
  • copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), ingerida pode provocar asfixia, em contato com os olhos, lesão na córnea
  • coroa-de-cristo (Euphorbia milli)
  • dedaleira
  • espirradeira (Nerium oleander)
  • mandioca brava: rústica, é usada tradicionalmente apenas para fazer farinha 
  • palmeira cica
  • saia-branca (Datura suaveolens)
  • taioba-brava (Colocasia antiquorum)
  • tinhorão (Caladium bicolor)
  • tomate, cujas folhas contêm um alcalóide
  • urtiga (Fleurya aestuans)











Segundo especialistas em toxicologia vegetal, calcula-se em 700 as espécies de plantas mortíferas que crescem na Terra. Talvez a mais famosa de todas seja a cicuta, que causou a morte do sábio grego Sócrates no século quinto A.C..
O que nem todos sabem é que algumas destas plantas, qualificadas como tóxicas também podem curar doenças e até salvar vidas. A mesma planta pode matar ou curar.   Para que uma destas plantas tenha efeitos medicinais, é preciso que:
  • A dose esteja correta;
  • Que seja bem indicada para a doença de quem a toma. A mesma dose para um indivíduo doente é curativa, para um são poderia ter efeitos tóxicos.

    PLANTAS TÓXICAS DE APLICAÇÃO MEDICINAL:

    Existem plantas que produzem princípios medicinais em algumas das suas partes e substâncias tóxicas em outras. Convém conhecê-las, para evitar intoxicações acidentais.
    PlantaPartePrincipioAplicaçãoEfeitos
    Arnicaflores, raizoleo essencialvulneraria(externo)vômitos, vertigens, convulsões
    Beladonafolhas, raizalcaloides:atropina, hiosciaminaasma, cólicas, dilatação da pupila (em preparados farmacêuticos)taquicardia, delírio, convulsões
    Castanheiro-da-Indiasementesesculina, saponinasemoliente, cosmético (uso externo)vômitos, diarréias, hemólise
    Confreitoda a plantaalcalóide: e glicosídeoscicatrizante e emoliente (uso externo)paralisia nervosa
    Erva-mourafolhas, caulesalcalóide: solaninaemoliente, alivia pruridos (uso externo)vômitos, diarréia, transtornos nervosos. Bagas doces mas tóxicas


    O QUE PLANTAS TÓXICAS EM DOSES ELEVADAS PODEM CAUSAR

    PlantaPropriedadesefeitos Secundários
    Abeto-brancoBalsâmica, revulsivairritação do sistema nervoso pela terebintina
    LosnaDigestiva, vermífuga, emenagogaTremores, convulsões, delírio, vertigens: causados pela tuiona
    AçafrãoDigestiva, emenagogaTranstornos nervosos e renais; abortivo
    Anis-estreladoDigestiva, carminativaDelírio, convulsões: causados pela essência anetol
    ArrudaOcitócica, emenagoga, antiespasmódicaRisco de abordo, reações alérgicas na pele
    ArtemísiaEmenagoga, aperitivaIrritação nervosa
    BoldoColerética, digestivaSonolência, sedação
    CafeeiroEstimulante, cefaléiasGastrite, arritmias cardíacas, dependência
    Chá-pretoEstimulanteTaquicardia, nervosismo, dependência
    CoentroDigestiva, carminativa, tonificanteExcitação nervosa
    Copaibaanti-séptica urináriaErupções, nefrite
    Cravo-da-indiaEstimulante, anti-séptica, analgésicairritação estomacal
    Copaibaanti-séptica urinária>Erupções, nefrite
    Feto-machoVermifugairritação gastrica
    Funchocarminativa, digestivaconvulsões
    Ginsengtonificantenervosismo
    Hepericãovulnerária, balsâmica, digestivafotossensibilização
    Ipecaemética, expectoranteinsônia, irritabilidade, espasmo da laringe em crianças
    Pinheiro-maritimoBalsânica, anti-reumáticairritação do sistema nervoso
    Quássiadigestiva, febrífugavômitos
    Sálviaanti-séptica, tonificante, emenagogaconvulsões, transtornos nervosos
    Tanacetovermífuga, emenagogavômitos, convulsões


Animais Peçonhentos
 Os acidentes com animais peçonhentos estão em quinto lugar entre os problemas de saúde mais frequentes no Brasil . As informações disponíveis sobre o assunto são precárias. não contemplam variáveis  ambientais e socieconômicas, e dificultam a obtenção de dados  como número de óbito e local do acidente. 

O que são animais peçonhentos?
são animais que produzem substancia tócia e que apresentam um aparelho especializado para inoculação desta substancia que é o veneno; possuem glândulas que se comunicam com dentes oco, ferroes, ou aguilhoes, pelo qual o veneno passa ativamente.


Até que  haja um meio de diagnosticar o tipo de veneno nos centros médicos e postos de saúde em todo o país, é importante que a vítima seja capaz de informar a espécie (pelo menos o gênero) de cobra que a mordeu: jararaca, cascavel, surucucu ou coral. Levar o ofídio – vivo ou morto – até o centro médico é uma ótima idéia, desde que a captura ou matança do animal não resulte em novas mordidas.

a) A prática clínica com vítimas de ofídios peçonhentos leva ao reconhecimento correto do serpente responsável pelo acidente. Portanto, a resposta é de que o médico é capaz de diagnosticar pelos aspectos clínicos o tipo de cobra que mordeu a pessoa. Mas, e é um mas grande, são poucos os profissionais que têm a prática necessária para fazer este diagnóstico. Lembre-se que no início dissemos que mensalmente existem 1.500 a 2.000 casos de ofidismo ? Isto no Brasil todo. Quantos serão os médicos que têm experiência suficiente para reconhecer os quadros clínicos específicos de cada gênero de serpente ? Certamente poucos. Só aqueles que trabalham nos grandes centros de referência para tratar estes acidentados. Por exemplo, Hospital "Vital Brasil", Hospital das Clínicas de Botucatu, Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e alguns outros centros que concentram os casos de ofidismo no país.

b) Quanto a exames laboratoriais para diagnosticar tipos de venenos de cobra, eles existem e são capazes de identificar o veneno e até a quantidade que foi injetada pelo animal. Porém, há dois obstáculos a vencer: primeiro, a lentidão desses testes – os pacientes não podem aguardar horas – segundo, a dificuldade técnica e o custo, que limitam sua utilização aos centros de excelência. Os acidentes ofídicos ocorrem, na mais das vezes, longe dos hospitais bem equipados e, quando os pacientes chegam aos postos de atendimento, é preciso agir com rapidez e com os meios disponíveis: soros e outros remédios.




O veneno é um líquido pouco viscoso, transparente, levemente leitoso ou amarelado e inoculado sob  pressão. Provoca toxidade para o sistema nervoso, causam morte dos tecidos, destruição dos glóbulos vermelhos (sangue) e desequilíbrio na coagulação do sangue, 



Examine essa tabela de reconhecimento de serpentes peçonhentas. Ela mostra os pormenores: tipo de cabeça, fosseta loreal, dentição, aspecto das escamas e cauda.




VenenosasNão Venenosas

Cabeça chata, triangular, bem destacada.

Cabeça estreita, alongada, mal destacada.

Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas (quadradinho preto).

Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente.

Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza.

Escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio.

Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo.

Cabeça com placas em vez de escamas.

Cauda curta, afinada bruscamente.

Cauda longa, afinada gradualmente.

Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se.

Quando perseguida, foge.

Tudo poderá ser facilmente verificado, se tivermos um animal morto ou imobilizado que poderá ser examinado com calma e minuciosamente. Na prática, quando ocorrem os acidentes, a situação é bem outra, no entanto há algumas observações que geralmente dá para fazer.
1. Verifique a coloração do corpo do animal que lhe mordeu. Os característicos anéis coloridos das cobras corais são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma cobra coral. A confusão com as serpentes corais falsas é irrelevante, pois não trará nenhum perigo à sua saúde.
2. Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o chocalho típico da cascavel. O chocalho também se ouve: antes de dar o bote, a cascavel balança vigorosamente a cauda para lhe espantar com o ruído. Repetimos que o chocalho é muito óbvio e fácil de reconhecer. Já as escamas eriçadas da cauda da surucucu é muito mais difícil de ver.

Chocalho
As serpentes crescem rapidamente após o nascimento e alcançam a maturidade após 2 anos (as grandes cobras, jibóia e sucuri, após 4 ou 5). Durante suas vidas os ofídios mudam a pele regularmente e é comum encontrar-se cascas de serpentes abandonadas no campo. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. A finalidade é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima chance de evitar o confronto.
3. Tome nota da hora em que você foi picado. É uma informação preciosa ao posto de socorro. Por exemplo, poderá servir ao médico para diferenciar a cobra coral verdadeira da falsa: se após pouco tempo você não tem nenhum dos sintomas clínicos de envenenamento ofídico, ficará algum tempo em observação sem tomar soro. O tempo decorrido entre o acidente e a intensidade dos sintomas também é fundamental para avaliar a gravidade do caso e guiará a terapêutica a ser aplicada.
4. Se não tiver nenhuma observação sobre a cobra, pelo menos informe os aspectos do local em que aconteceu o acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc...


  De acordo com o  Prof. Dr. György Miklós Böhm O antídoto contra o veneno é preparado a partir de soro de cavalos que são imunizados contra a peçonha de cobras. Doses crescentes de veneno são injetadas durante um período para que o animal fabrique anticorpos contra o mesmo. Depois, retira-se o sangue do cavalo e prepara-se o soro anti-ofídico para uso em pacientes mordidos por ofídios.
É possível injetar mais de um tipo de veneno, por exemplo de jararaca e cascavel no cavalo, a fim de que faça anticorpos contra ambos os serpentes. Isto é feito e existem soros bivalentes: antibotrópico e anticrotálico (contra jararaca e cascavel), antilaquético e antibotrópico (contra surucucu e jararaca), etc...
Entretanto, a eficiência da terapêutica é muito maior com um soro específico do que com soros multivalentes. Assim, se o acidente for com cascavel é muito melhor injetar no paciente soro especificamente anticrotálico, do que um soro polivalente.



Acidentes por animais peçonhentos

Quais são os animais peçonhentos de importância em saúde pública? 
Já observamos que as serpentes do grupo da jararaca, cascavel, surucucu e coral verdadeira. , bem como algumas aranhas: como  a aranha-marrom, a armadeira e a viúva negra, alem dos escorpiões preto e o amarelo.
Lembrando que animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou férreos ou aguilhoes, por onde o veneno passa ativamente. 
animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes ,  ferres) provocando envenenamento passivo por contato (taturana), por compresso (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu).



Coral verdadeira 



















(Loxosceles sp (aranha marrom)







Phoneutria nigriventer (aranha armadeira)











Serpentes


As serpentes são animais vertebrados e carnívoros que pertencem ao grupo dos répteis. Podem ser classificados em dois grupos básicos as peçonhentas que são aquelas que conseguem inocular seu veneno no corpo de uma presa ou vítima, e as não-peçonhentas, ambas encontradas no Brasil, nos mais diferentes tipos de habitat, inclusive em ambientes urbanos. As serpente peçonhenta é definida por tês características fundamentais: presença de fosseta loreal:presença de guizo ou chocalho no final da cauda: presença de anéis coloridos (vermelho,preto,branco ou amarelo)




Diferenças entre a cabeça de cobra venenosa e não venenosa:

 1 - Venenosa: Formato triangular da cabeça
 2 - Venenosa: Escamas curtas
                                                                3 - O formato dos olhos






VENENOSA
NÃO VENENOSA
CABEÇA
triangular
arredondada
OLHOS
pequenos
grandes
FOSSETA
tem
não tem
DESENHOS DAS ESCAMAS
irregulares
simétricos
CAUDA
afina rapidamente
afina gradativamente
DENTES
2 presas
dentes pequenos e iguais
PICADA
2 marcas mais profundas
orifícios pequenos e iguais






Vejamos alguns tipo de peçonhentas: No Brasil existem 4 tipos de (gêneros de serpentes peçonhetas:


  1. Bothrops(jararaca,jararacuçu, urutu, cotiara, caiçaca).
  2. Crotalus (cascavel).
  3. Lachesis (sucurucu-poco-de-jaca) 
  4. Micrurus (corais-verdadeiras).
Gênero Bothrops 


O primeiro grupo é o das Bothrops. E o mais numeroso no Brasil, correspondendo a 80% das picadas. Pertencem ao grupo os diversos tipos de jararacas (pintada, verde, ilhoa, do norte, da seca, etc.), a caiçaca (também chamada jararacão), boca de sapo, a urutu, a cotiara, a jararacuçu e a surucucu. Sua picada causa inchaço e perda de sangue, inclusive pelas gengivas. Como tratamento, usa-se o soro antiofídico, o soro anti-botrópico (específico), ou ainda o soro anti-botrópico-laquético. Na Amazônia, se dá o nome de surucucu às jararacas e às picos-de-jaca, enquanto que no Sul do País, o nome surucucu só é dado para as picos-de-jaca.O veneno deste grupo age no sangue e provoca a destruição dos tecidos. Vivem nas matas úmidas.


O segundo grupo é o das Crotalus, ao qual pertencem as quatro espécie de cascavéis que vivem no Brasil. São cobras típicas dos cerrados, raramente encontradas no litoral ou matas fechadas. O veneno atua simultaneamente no sistema nervoso e no sangue, destruindo os glóbulos vermelhos.   
cascavél 
A cascavel é identificada pelo chocalho característico em sua cauda. Os sintomas da sua picada são a dificuldade de abrir os olhos, a visão dupla, a chamada "cara de bêbado" e a urina cor de coca-cola. O tratamento consiste na aplicação do soro anti-crotálico ou do soro anti-ofídico polivalente. Encontram-se nas regiões de campo do Centro, Sul, Nordeste e da Amazônia. Nunca sào encontradas, entretanto, no interior das florestas.

O terceiro grupo é o das Micrurus, ou corais, das quais existem também quatro tipos no Brasil. De todas as cobras, são as que têm o veneno mais potente. Todavia, são as menos agressivas.
coral verdadeira 
            Cerca de 70 mil pessoas são picadas por serpentes todos os anos no Brasil.


Sua picada causa dificuldade em abrir os olhos e visão dupla e "cara de bêbado" (como a cascavel) mas, além disso, sufocação. O tratamento consiste na aplicação do soro anti-elapídico e apenas este. As corais verdadeiras existem em todo o Brasil, e em qualquer terreno. A diferença da falsa-coral é que nesta, os anéis não contornam todo o corpo da cobra


picos-de-jaca
Picos-de-jaca (Lachesis)
Os sintomas de sua picada são os mesmos da picada da jararaca: inchaço e hemorragia. O soro específico a ser usado é o soro anti-laquético, porém na Amazônia, dada a dificuldade para diferenciar as picos-de-jaca das jararacas, deve ser usado o soro antibotrópico-laquético, que serve para os dois tipos de cobra. As picos-de-jaca são encontradas na Amazônia e na Mata Atlântica, do Rio de Janeiro até a Paraíba.



CARACTERÍSTICAS: 
A ação do veneno pode provocar algumas reações tipo:

  • Proteolitica: necrose tecidual ( morte do tecido lesado) devido à decomposição das proteínas;
  • Neurotóxica: ação no sistema nervoso causando queda palpebral, formigamento no local afetado, alterações de consciência e perturbações visuais;
  • Hemolítica: destruição das hemácias no sangue;
  • Coagulante: Causa deficiência na coagulação sanguínea.
Para sabermos se uma serpente é peçonhenta, devemos observar três características fundamentais: 

  1. presença de fosseta loral;
  2. presença de guizo ou chocalho no final da cauda;
  3. presença de anéis coloridos (vermelho, preto, branco ou amarelo).

SINAIS E SINTOMAS


a. Dores persistentes, aumentadas progressivamente e inchaço;
b. Vermelhidão no local do ferimento e cianos;
c. Aparecimento de bolhas e morte dos tecidos;
d. Sangue incoagulável, náuseas e vômitos;
e. Dificuldade de respirar e palidez:
f.  Sudorese e sonolência.


Atendimento de ferimentos por animais peçonhentos 


De acordo com o  Bortolotti, Fábio. Manual do Socorrista. XPANSÃO EDITORIAL uma picada de cobra venenosa nem sempre resulta no envenenamento por veneno da mesma. O veneno não é injetado em 25% de todas as picadas de cobras colubrídeas e, em aproximadamente 50% das picadas de cobras elapídeas e corais. O veneno de cobra é uma mistura complexa que contém muitas proteínas que desencadeiam reações prejudiciais. Direta ou indiretamente, o veneno de cobra pode afetar 

Em construção