sábado, 20 de agosto de 2011

Construindo uma HISTÓRIA EM QUADRINHOS


  • CRIAR OS PERSONAGENS - Planeje cada personagem, dos protagonistas aos secundários, a personalidade dede cada um, o aspecto físico, o estilo das roupas, os vícios e as virtudes. Nessa fase, você deve desenhar cada um dos tipos em posições variadas e com expressões faciais bem marcada para definir o traço de cada um deles.
  • ESCREVER O ROTEIRO - escreva a ideia geral da história com começo, meio e fim. Depois detalhe a história, elaborando o roteiro, que deve ser planejado quadro a quadro. Nessa fase, as páginas são diagramadas. as cenas descritas e os diálogos definidos.
  • FAZER O DESENHO - Desenhe a lápis todos os elementos que compõem cada página: personagens, cenários, legendas dos quadrinho, balões ( com os respectivo textos), onomatopeias e contornos dos quadrinhos.
  • COBRIR AS LETRAS - utilize uma canta hidrográfica, preta de ponta fina para finalizar o texto dos balões, das legendas e das onomatopeias. Cubra, também, cuidadosamente os demais traços a lápis e os outros elementos que compõem a página.
  • COLORIR OS QUADRINHOS - para colorir o material que estiver disponível, usselápis de cor, giz de cera, canetinhas ou outra técnicas que conheça.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dança


Dança
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e damúsica. No antigo Egito já se realizava as chamadas danças astroteológicas em homenagem a Osíris. Na Grécia, a dança era frequentemente vinculada aos jogos, em especial aos olímpicos.[1] A dança se caracteriza pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre)] Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculando das particularidades do teatro.
Atualmente, a dança se manifesta nas ruas em eventos como "Dança em Trânsito", sob a forma de vídeo, no chamado "vídeodança", e em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico.

HISTÓRIA DA DANÇA
A história da dança cênica representa uma mudança de significação dos propósitos artísticos através do tempo.
Com o Balé Clássico, as narrativas e ambientes ilusórios é que guiavam a cena. Com as transformações sociais da época moderna, começou-se a questionar certos virtuosismos presentes no balé e começaram a aparecer diferentes movimentos de Dança Moderna. É importante notar que nesse momento, o contexto social inferia muito nas realizações artísticas, fazendo com que então a Dança Moderna Americana acabasse por se tornar bem diferente da Dança Moderna Européia, mesmo que tendo alguns elementos em comum.
A dança contemporânea como nova manifestação artística, sofrendo influências tanto de todos os movimentos passados, como das novas possibilidades tecnológicas (vídeo, instalações). Foi essa também muito influenciada pelas novas condições sociais -individualismo crescente, urbanização, propagação e importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também fusões com outras áreas artísticas como o teatro por exemplo.

ORIGEM E EVOLUÇÃO DA DANÇA ATRAVÉS DO TEMPO
Pré-História
A dança foi uma das primeiras formas de expressão artística e pessoal.
Pinturas de dançarinos foram encontradas em paredes de cavernas na África e no sul da Europa na pré-história. Estas pinturas podem ter mais de 20 mil anos. As cerimônias religiosas que combinavam dança, música e dramatizações, provavelmente desempenharam um papel importante na vida do homem pré-histórico.
Estas cerimônias devem ter sido realizadas para reverenciar os deuses e pedir-lhes mais sucesso nas caçadas e lutas. As danças também podiam realizar-se por outras razões: como nascimento, curar um enfermo ou lamentar uma morte.
Os sociólogos acreditam que a dança exerceu um papel importante na caça e em muitas outras atividades da vida pré-histórica. Os cientistas estudam as danças de várias culturas porque as formas de dança de um povo podem revelar muita coisa sobre seu modo de vida.



Idade Antiga

Tanto as danças sagradas como as profanas existiam na Antigüidade, principalmente nas regiões junto ao mar do Mediterrâneo e no Oriente Médio. As pinturas, esculturas e escritos do antigo Egito fornecem informações sobre os primórdios da dança egípcia. Este povo dedicava-se principalmente à agricultura, por isso suas festas religiosas mais importantes se concentravam em danças para homenagear Osíris, o deus da vegetação. A dança também servia como entretenimento. Os escravos, por exemplo, dançavam para divertir as famílias ricas e seus convidados.
Os gregos antigos consideravam a dança essencial para a educação, para o culto e para o teatro. O filósofo grego Platão aconselhava que todos os cidadãos gregos aprendessem a dançar para desenvolver o autocontrole e o desembaraço na arte da guerra. Danças com armas faziam parte da educação dos jovens de Atenas e Esparta. Danças sociais eram realizadas em ocasiões festivas.
As danças religiosas desempenharam importante papel no nascimento do teatro grego. No século IV a.C., peças de teatro chamadas tragédias tiveram origem numa cerimônia de hinos e danças em homenagem a Dionísio, o deus do vinho. A emélia, uma dança cheia de dignidade executada nas tragédias, compreendia uma série de gestos conhecidos. Um bailarino experiente podia relatar todo o enredo da peça através desses gestos. As peças humorísticas chamadas sátiras, e as comédias gregas, incluíam músicas alegres.
Quando os romanos conquistaram a Grécia, em 197 a.C., tinham adquirido grande parte da cultura grega, inclusive a dança. Os artistas romanos dançavam ao mesmo tempo que faziam números de acrobacia e mágica. Alguns romanos importantes, apesar da popularidade da dança , a desaprovavam. Cícero, o famoso orador dizia: "Nenhum homem dança, a menos que esteja louco ou embriagado".
Muitas tribos da América do Norte dançavam para pedir chuvas e uma boa colheita. Várias danças religiosas ainda são realizadas atualmente.
Na Austrália, algumas tribos de aborígenes seguem o antigo costume de imitar os gestos da caça durante uma dança religiosa realizada antes da caçada. Em alguns vilarejos ingleses, as crianças dançam em torno de um mastro com fitas numa festa para celebrar a chegada da primavera, no dia 1 de maio. Esse costume vem das antigas danças religiosas dos romanos, que dominavam a Inglaterra do ano 43 d.C. até princípios do século V. No dia 1 de maio os romanos cultuavam Flora, a deusa romana da primavera, dançando em torno de um mastro enfeitado com flores.





Idade Média 
Durante a Idade Média, aproximadamente do século V até o século XIV, o cristianismo tornou-se a força mais influente na Europa. Foram proibidas as danças teatrais, por representantes da Igreja, pois algumas delas apresentavam movimentos muito sensuais. Mas os dançarinos ambulantes continuaram a se apresentar nas feiras e aldeias mantendo a dança teatral viva. Em torno do século XIV, as associações de artesãos promoviam a representação de elaboradas peças religiosas, nas quais a dança era uma das partes mais populares.
Quando ocorreu a peste negra, uma epidemia que causou a morte de um quarto da população, o povo cantava e dançava freneticamente nos cemitérios; eles acreditavam que essas encenações afastavam os demônios e impediam que os mortos saíssem dos túmulos e espalhassem a doença. Isto ocorreu no século XIV.
Durante toda a Idade Média, os europeus continuaram a festejar casamentos, feriados e outras ocasiões festivas com danças folclóricas, como a dança da corrente, que começou com os camponeses e foi adotada pela nobreza, numa forma mais requintada, sendo chamada de carola. No final da Idade Média a dança tornou-se parte de todos os acontecimentos festivos.




Renascimento
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/dr.gifA Renascença, que começou na Itália em torno de 1300 e espalhou-se por quase toda a Europa, por volta de 1600, foi um período de grande desenvolvimento cultural. Na Itália, os nobres contratavam mestres de dança profissionais para criar espetáculos de corte que incluíam danças chamadas balli ou balletti. Compositores importantes compunham a música e artistas de grande talento, inclusive Leonardo da Vinci, criavam as roupas e efeitos especiais, para os membros da corte poderem oferecer espetáculos uns aos outros.
Catarina de Médicis, membro da família que governava Florença, na Itália, tornou-se rainha da França em 1547,e levou para a corte francesa a dança e os espetáculos italianos. Para um casamento real em 1581, Catarina contratou um grupo de artistas italianos para ir a Paris e criar o magnífico Balé Cômico da Rainha, que pode ser considerado a primeira forma de balé. Ela foi muito imitada em toda a Europa.
Além de produzir espetáculos, os mestres de dança ensinavam danças sociais à nobreza, como por exemplo a saltitante galharda, a solene pavana e a alegre volta. A dança tinha também um significado filosófico durante a Renascença: muitas pessoas acreditavam que a harmonia de movimentos da dança refletia a harmonia no governo, na natureza e no universo.
O Rei Luís XIV da França, que viveu de 1638 a 1715, incentivou muito o desenvolvimento do balé. Seu apoio às artes tornou a França, o centro cultural da Europa. Ele próprio dançou entusiasticamente, durante 20 anos, nos balés da corte. Um dos seus papéis favoritos, o de Apolo, deus grego do sol, deu-lhe o apelido famoso de "Rei Sol".
Em seu reinado, o balé veio a ter seus próprios intérpretes profissionais e a seguir um sistema formal de movimentos. Aos poucos, os bailarinos foram se transferindo da corte para ao teatro. O teatro tinha um arco de proscênio, que emoldurava o palco e os separava do público.
Romantismo 

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/drom.gifO Romantismo foi um movimento artístico que deu grande importância à individualidade e à liberdade de expressão pessoal. Até então, a maioria dos balés girava em torno dos deuses e deusas, mas com o Romantismo passaram a tratar de pessoas comuns. Muitos enredos de balés do século XIX tinham como personagens seres imaginários, como fadas e silfides (espíritos do ar).
No século XIX, grande parte das danças sociais que se popularizaram na Europa e na América começou com o povo. Outra vez , a nobreza em vez de lançar moda imitava os camponeses que dançavam valsas e polcas.

Idade Moderna
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/dimod.gifA dança, desde 1900, vem apresentando uma grande variedade de estilos e muitas formas experimentais, que começaram com a dança moderna, baseada na liberdade de movimentos e expressão. Atualmente, os estilos de balé incluem elementos de jazz, dança moderna e rock.
A dança teatral obteve o seu maior sucesso comercial nos filmes e comédias musicais.
Grande número de novas danças populares surgiram e desapareceram no século XX. Em torno de 1900, surgiu o cadewalk, com seus passos altivos e pomposos. Alguns anos mais tarde, surgiu o tango, depois o charleston (1920), nas décadas de 1930 e 1940 dançava-se o jitterbug e o swing. Surgiu então o rock'n roll em meados de 1950 e com o seu surgimento, os estilos de dança popular tornaram-se mais desenvoltos. Nas décadas de 1960 e 1970, os negros criaram o twist, o hustle e muitas outras danças que os brancos adotaram com entusiasmo. Nestes últimos tipos de dança, os pares dançam juntos e obedecem a uma seqüência marcada de passos. A dança é uma forma de arte que cresce a cada dia, sempre e em todo lugar estão surgindo novas danças, novos ritmos e novas combinações de passos.
A dança contemporânea é tudo aquilo que se faz hoje dentro dessa arte, não importa o estilo, procedência, objetivos nem a forma. Para ser contemporâneo não é preciso buscar novos caminhos. São contemporâneos tanto os coreógrafos que usam a técnica de Balanchine ou Béjart, como os que se inspiram em Martha Graham; eles se inspiram em qualquer fonte: sua visão pessoal, a literatura e suas observações.
A dança caminha ao lado da humanidade e de seus progressos, há uma grande riqueza à disposição do público, desde as grandes obras românticas até o modernismo, passando pelas danças folclóricas e as religiosas. Não é mais uma arte de elite mas se transformou num meio de diversão de todas as classes, já que é apresentada além do teatro, em televisão, cinemas e praças.

Classificação e gêneros
Várias classificações das danças podem ser feitas, levando-se em conta diferentes critérios.
§  Quanto ao modo de dançar:
§  dança solo (ex.: coreografia de solista no balé, sapateado);
§  dança em dupla (ex.: tango, salsa, valsa, forró etc);
§  dança em grupo (ex.: danças de roda, sapateado).
§  Quanto a origem:
§  dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado etc);
§  dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota etc);
§  dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas);
§  dança étnica (ex.: danças tradicionais de países ou regiões).
§  Quanto a finalidade:
§  dança social (ex.: dança de salão, axé, tradicional);

Tipos de Dança
Existem duas espécies mais importantes de dança: a teatral e a social.
A teatral é encenada para entretenimento de espectadores. Dentro dela encontramos o balé, a dança moderna, danças folclóricas, os bailados dos musicais e o sapateado.
Na dança social, os participantes dançam para o seu próprio prazer.
Todos os tipos de dança envolvem movimento, energia, ritmo e criação. Movimento é a ação dos bailarinos quando usam o corpo para criar formas ordenadas; a energia fornece a força necessária para executar o movimento; ritmo é o padrão de tempo em torno do qual se realiza o movimento e a criação está relacionada com a forma visual apresentada pelo movimento do corpo do bailarino.
1.   Balé Clássico
Como outras formas de dança, o balé pode ter um enredo, expressar os sentimentos ou só refletir a música; entretanto, neste tipo de dança é muito exigida a técnica e a perícia do bailarino. Os bailarinos parecem ignorar a lei da gravidade, quando flutuam pelo espaço em saltos longos e lentos. Usando simplesmente o corpo, os bailarinos conseguem expressar as mais variadas emoções e formam belas e harmoniosas expressões artisticas. A técnica do balé é chamada clássica, porque salienta essa pureza e harmonia de expressão.
Como a técnica do balé foi criada na França, até hoje são usadas em todo mundo palavras francesas para designar passos e posições do balé.
Os bailados são encenados e apresentados por companhias de balé, quando ela decide encenar um determinado bailado, seu diretor artístico procura criar um trabalho harmonioso,combinando todos os elementos do balé: dança, música,cenário e guarda-roupa, todos baseados no enredo ou espírito do balé. Ë formada uma equipe : coreógrafo ( aquele que cria os movimentos e passos dos bailados e os ensina aos bailarinos ),compositor, cenógrafo e figurinista.
Diferentes tipos de balé foram criados em vários países: o estilo americano exige rapidez e energia; o balé britânico é mais apurado; o russo é vigoroso e brilhante; o francês é bonito e decorativo: o dinamarquês, vivo e alegre. Os bailarinos viajam por todo mundo e adotam traços de estilos estrangeiros, por esta razão o balé vem sendo sempre ampliado e enriquecido.
No ínicio do século XIX , as bailarinas que até ficavam em segundo plano, passaram a ocupar um lugar de destaque, tornaram-se seres etéreos, quase irreais. Para atingir este ideal, Marie Taglioni, filha do coreógrafo italiano Filippo Taglioni, revolucionou toda a técnica do balé, criou o sapato de ponta e o traje que foi adotado por todo o mundo: o tutu. Sua maior criação, a etérea sílfide do balé La Sylphide ( 1832 ), transformou – a na grande estrela dos palcos parisienses.
Até esta época, Paris permaneceu a capital do balé, quando bailarinos e coreógrafos que lá trabalhavam, levaram sua técnica para outros países. O mais importante desse grupo talvez tenha sido Marius Petipa, que ingressou no Balé Imperial Russo de São Petersburgo e ajudou a transformar aquela cidade no centro mundial de balé.Sua especialidade era criar coreografias para bailarinas. Até hoje, os papéis de seus bailados A Bela Adormecida (1890) e O Lago dos Cisnes (1895), são os mais almejados pelas bailarinas.
Da Academia de São Petersburgo saíram os maiores bailarinos de todos os tempos Vaslav Nijinsky e Anna Pavlova.
Mikhail Fokine foi o primeiro coreógrafo dos Balés Russos, uma grande companhia russa fundada por Sergei Diaghilev. Trabalhava na Companhia de São Petersburgo, que não aceitava suas idéias avançadas, Fokine achava que personagens, emoções e época deveriam expressar-se apenas atravéz da dança.Argumentava que todas as artes envolvidas num balé deviam combinar-se num todo harmonioso.
Com Diaghilev, Fokine teve a oportunidade de concretizar suas idéias. Criou bailados brilhantes como O Príncipe Igor (1909), O Pássaro de Fogo ( 1910) e Petrushka (1911). Em seus bailados, os bailarinos voltaram a ser importantes.
Atualmente em todos os países do mundo existem excelentes companhias de balé. Os bailarinos hoje, exibem não só uma grande técnica mas também alto grau de dramaticidade. Os balés conjugam movimentos clássicos com passos de dança moderna.

Pássaro de Fogo
Parte inferior do formulário
CoreografiaMikhail Fokine
Música
Igor Stravinsky
Estréia: 25 de julho de 1910 - Teatro da Ópera de Paris
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/passaro.gifBalé em três atos, onde magia, amor e liberdade se entrelaçam. No jardim do mago Katschei brotavam maçãs de ouro, e lá viviam jovens princesas prisioneiras e enfeitiçadas. O príncipe Ivan entra por acaso no jardim e fica encantado com as maçãs douradas e um lindo pássaro de penas douradas e vermelhas que voava bem próximo às arvores. Temendo ser feito prisioneiro pelo príncipe, o Pássaro de Fogo implora por sua liberdade e em troca presenteia Ivan com uma de suas plumas, que tem o poder mágico de protegê-lo contra os encantos do mago. O príncipe permanece no jardim e ao anoitecer vê as lindas prisioneiras que à noite saem do castelo para passearem; a mais bonita de todas se aproxima de Ivan, conta sua história e pede que vá embora, pois o mago transforma em pedra quem aparece em seu jardim encantado. O príncipe finge que vai embora, mas a segue, pois tinha se apaixonado por ela. Começa a amanhecer e Ivan se torna prisioneiro de Katschei. Quando vai ser enfeitiçado, se recorda da pluma que o Pássaro de Fogo tinha lhe dado, e agita-a na frente do rosto do mago. Surge então o pássaro que obriga Katschei e seus amigos a dançarem até a exaustão; enquanto isto ordena a Ivan que procure um grande ovo, onde está trancado o grande segredo do mago: sua imortalidade. Ivan acha o ovo e quebra-o. No mesmo instante, o mago morre e as jovens princesas ficam livres para sempre. Ivan encontra o seu amor e o Pássaro de Fogo desaparece entre as árvores.
Atividades
1.       Pesquisar um dos tipos de dança abaixo:
a.       Sherazade
b.      Giselle
c.       Romeo e Julieta
d.      Som Quixote
e.      Spartacus
f.        La Bayadére
g.       Sagração da Primavera
h.      Principe Igor
i.         Apollon Musaguete
j.        Balé Repertório
k.       Daphnis E Chloé
l.         L’Après – Midi D’um Faune
m.    O Espectro da Rosa

2. Danças Folclóricas
É uma forma de dança social que se desenvolveu como parte dos costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. Muitas danças exigem pares, outras são executadas em roda, às vezes se colocam em fileiras. Embora as danças folclóricas sejam preservadas pela repetição , vão mudando com o tempo, mas os passos básicos e a música assemelhem-se ao estilo original. Todos os países têm algum tipo de dança folclórica e a maioria pertence apenas a sua nação, como por exemplo: a tarantela, italiana, o drmes, croata ou o krakowiak, polonês e o frevo brasileiro. Algumas são executadas em ocasiões especiais, como a polca de Natal sueca, a hayivka, dança da Páscoa ucraniana, a hochzeitstanz, dança austríaca de casamento e o reisado brasileiro, que festeja a véspera do dia de Reis.

*      Baião 
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/baiao.jpg
Dança e canto típico do Nordeste, inicialmente era o nome de um tipo de festa, onde havia muita dança e melodias tocadas em violas. Este gênero musical que era restrito ao sertão nordestino, passou a ser conhecido em todo Brasil, por intermédio do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, quando gravou em 1946, seu primeiro grande sucesso Baião. A partir daí e até meados da década de 1950, este ritmo tomou conta do Brasil e vários artistas começaram a gravar o baião. Em 1950, este gênero musical também passou a ser conhecido internacionalmente, o baião Delicado do instrumentista e compositor Valdir Azevedo, recebeu várias orquestrações de maestros americanos. O baião só perdeu o seu reinado com a aparecimento da bossa nova, mesmo assim ainda se sente sua influencia em muitos compositores até os dia de hoje. Com seu ritmo binário e suas melodias a fazer muito sucesso no nordeste.
Baião
Eu vou mostrá pra vocês
Como se dança um baião
E quem quiser aprender
É favor prestar atenção
Morena chegue pra cá
Bem junto ao meu coração
Agora é só me seguir
Pois eu vou dançar o baião
Eu já dancei balanceio
Chamego, samba e xerém
Mas o baião tem um quê
Que as outras danças não tem
Quem quiser é só dizer
Pois eu com satisfação
Vou dançar cantando o baião
Eu já dancei no Pará
Toquei sanfona em Belém
Cantei lá no Ceará
E sei o que me convém
Por isso eu quero afirmar
Com toda convicção
Que sou louco pelo baião
Delicado
Querendo um baiãozinho
Que seja bem gostosinho
Que seja delicadinho
Escute com atenção
Aqui está o baião
Falando ao coração
Veja
como ele é tão delicado
Faz até pensar
No amor que ficou no passado
Eu sei
Que o mundo inteiro vai me dar razão
Pois
Levo a consolação do tal amor
O qual alguém perdeu outrora
Que o baião vai lembrar agora
O nome sempre varia
Pra uns o nome é Maria
Glorinha, Rute ou Aurora
A todos
O nome é inesquecível
Esta é a verdade
Embora pareça incrível
Eu provo
E todos vivem sempre a esconder
Ouça
O que o amor pode fazer
Faz gemer assim
Ui, ui, ui, ui, ui
Ai, ai, ai, ai, ai
Ninguém
Deve esconder muito a sua dor
Porque
Assim mais cresce ainda o mal do amor
Fingir
Que é feliz é uma ilusão
Só magoa o coração
Faça sempre assim
Ui, ui, ui, ui, ui
Ai, ai, ai, ai, ai
Verás que é mais gozado
E quando terminado
Virá pedir outro baião

*       Cateretê
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/caterete.jpgTambém chamado catira, cateretê, é uma dança de origem indígena e dançada em muitos estados brasileiros. Foi bastante usada pelo Padre Anchieta que em sua catequese, traduziu para a língua tupi alguns textos católicos, assim enquanto os índios dançavam, cantavam trechos religiosos, por este fato é que muitos caipiras paulistas consideram muitas danças diabólicas, menos o cateretê. Os trajes usados são as roupas comuns de todo o dia. A dança varia em cada região do país, mas geralmente são dançadas em duas fileiras formadas por homens de um lado e mulheres do outro, que batem o pé ao som de palmas e violas. Também pode ser dançada só por homens. As melodias são cantadas pelos violeiros.
*        Coco Alagoano
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/coco.jpgDança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por todo o Nordeste recebendo nomes e formas de coreografias diferentes. A dança é cantada e acompanhada pela batida dos pés ou pela vibração do patear dos cavalos. O mestre ou o tocador de coco entoa as cantigas cujo refrão é respondido pelos cantadores.



*        Congada 
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/congada.jpg
Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos, realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.
*        Drmes 
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/drmes.jpg
Drmes é uma dança típica do noroeste da Croácia. Atualmente, só é apresentado em casamentos ou outras celebrações e, geralmente dançado por dançarinos mais velhos, em pares ou em pequenos círculos de três ou quatro pessoas.Drmes também é executado por grupos de amadores que selecionam uma melodia e alguns movimentos de antigas performances para serem apresentadas em audiências em museus. Às vezes, grupos de cidades vizinhas escolhem uma mesma melodia e realizam um desafio de dança.
*       Fandango
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/fandango.jpg
Dança popular gaúcha, de origem portuguesa, também conhecida no Norte e Nordeste como Marujada. Ao som da viola ou da sanfona, o grupo de dança mistura cantigas náuticas, de origens que retratam as conquistas marítimas e o heroísmo dos navegadores portugueses, e o sapateado. Esse bailado não possui enredo ordenado, mas a apresentação do auto começa sempre com a chegada de uma miniatura de barco à vela puxado pela tripulação, que é formada pelos componentes do grupo de dança.
*      Frevo
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/frevo.jpg Dança e música típica do carnaval de rua e salão de Recife, Pernambuco. Essencialmente rítmica, de coreografia individual e andamento rápido. Seus dançarinos, chamados passistas, se vestem com fantasias coloridas e agitam pequenos guarda-chuvas com função somente estética. Alguns pesquisadores dizem que o frevo possui elementos de várias danças como marcha, polca ou maxixe, outros pensam que ele foi influenciado pela capoeira. O frevo não é cantando, sua música só é executada por instrumentos de sopro e surdos, que formam a orquestra do frevo conhecida como Fanfarra.
*       http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/hahilky.jpgHayivky
esconde 
Nos domingos de Páscoa, meninas dançam a hayivky em frente a igrejas ou em cemitérios. Em outros tempos, acreditavam que esses tipos de danças e canções tinham uma função mágica, como atrair a primavera e espantar o inverno. Em suas representações, personificavam o enterro das geadas e do frio, também imitavam o plantio e o crescimento dos frutos e tentavam garantir uma abundante colheita através da mágica da música, palavras e dança. Tentavam atrair ainda os bons espíritos da natureza renascida, para dar-lhes sorte e saúde. Algumas vezes, os bailarinos andam em um círculo imitando os movimentos do sol no céu, outras vezes seus gestos mostram a continuidade da vida humana na terra.
*       Hochzeitstanz
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/hochzeitstanz.jpg
Dança folclórica, algumas vezes apresentada após a realização do casamento na igreja. Antigamente, esta dança era realizada em todos os casamentos. É dançada por quatro ou até oito casais. Após a performance, os dançarinos em fila cumprimentam os noivos.
*       Krakowiak 
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/krakowiak.jpgKrakowiak é a segunda mais antiga dança nacional polonesa (após a Polonaise - oChodzony). Possui características de dança da guerra com seu ritmo vivo e selvagem uma vez que conta, através de seus movimentos e cantos, a história da suposta invasão da cavalaria turca na cidade de Cracóvia (antiga capital). Inicialmente, foi dançada somente por homens e dependendo da região do país também era conhecida por outros nomes como Skalmierzak (Skalmierz), Wisliczak (Wislica) e Proszowiak (Proszowice). Existe a suposição de queKrakowiak passou a ser considerada uma dança nacional polonesa em 1596, com a mudança da capital de Cracóvia para Varsóvia. Ela representa a alegria, o orgulho e a perseverança do povo polonês.
*       Maracatu 
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/maracatu.jpgDança típica do Nordeste, principalmente de Pernambuco. Maracatu é um termo africano que significa dança ou batuque, no qual um grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras saem fantasiados às ruas para fazer saudações aos orixás, em um cortejo carnavalesco onde reis, rainhas, princesas, índios emplumados e baianas cruzam as ruas dançando, pulando e passando de mão em mão a calunga, boneca de pano enfeitada presa num bastão. O ritmo frenético que acompanha o maracatu teve origem nas Congadas, cerimônias de escolha e coroação do rei e da rainha da "nação" negra. Ao primeiro acorde do maracatu, a rainha ergue a calunga para abençoar a "nação". Atrás vão os personagens, com chapéus imensos, evoluindo em círculos e seguindo a procissão recitando versos que evocam histórias regionais
*       Polca Natalina 
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/polca.jpg
Alegre, cheia de vida e feliz, é esta polca sueca executada pela família em torno da árvore de Natal. É normalmente dançada ao som de cantos entoados pelos participantes da festa, sem acompanhamento de instrumentos, e algumas vezes a dança e o canto fazem parte das tradições das comunidades rurais.


*        Reisado
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/reisado.jpgDança popular profana-religiosa, de origem portuguesa, com que se festeja a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançadores vão de porta em porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam e dançam. O Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em Sergipe no período colonial. Atualmente, é dançado em qualquer época do ano, os temas de seu enredo, variam de acordo com o local e a época em que são encenados, podem ser: amor, guerra, religião entre outros. O Reisado se compõe de várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.
*       Tarantela 
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/tarantela1.jpghttp://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/tarantula.gifDança folclórica, típica das regiões do sul da Itália, cujo nome provém de uma lenda. Conta-se que no século XIV, na Europa, mais precisamente em regiões da Itália, havia muitas aranhas denominadas Tarântulas. Sua picada causava febre alta e delírio, fazendo o doente pular e dançar até esgotar-se, na tentativa de expulsar completamente de seu corpo o mal produzido pelo veneno da aranha.
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Diz a lenda que para o doente sobreviver a esta picada teria que dançar ao ritmo da música Tarantela, surgindo assim a dança de mesmo nome. Com o passar dos anos, esta dança tornou-se indispensável nas festas de súplicas e agradecimentos. É apresentada em pares, marcada por andamentos rápidos e exuberantes. Hoje, através de formas estilizadas, podemos encontrá-la como bale ou interlúdios de operetas musicais. 
*       Xaxadohttp://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/xaxado.jpg
Dança popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído que as sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de "Lampião", considerado entre outras denominações o "Rei do Cangaço. É dançada somente por homens, razão pela qual nunca se tornou uma dança de salão. Primeiramente a melodia era apenas cantada e o tempo forte marcado pela batida de um rifle no chão, as letras eram e continuam satíricas. O grande divulgador do xaxado foi Luís Gonzaga, que conseguiu que este gênero fosse tocado nas rádios, televisões e teatros.

3.    Dança Moderna
A dança moderna apareceu no início do século XX e seus precursores procuraram maneiras mais modernas e pessoais de expressar idéias através da dança.
Entre os pioneiros do movimento estão as americanas Isadora Duncan, Loie Fuller e Ruth St. Denis; o suíço Emile Jacques-Dalcrose; e o húngaro Rudolf von Laban.
Isadora Duncan era a mais espontânea, dançava descalça e vestia túnicas soltas que lhe davam liberdade de movimentos. Não permitia cenários que pudessem desviar a atenção da platéia. Isadora ignorava os movimentos convencionais; os seus eram inspirados pela natureza, pela música clássica e pelas tragédias gregas.
As religiões orientais inspiraram as danças de Ruth St. Denin; ela e seu marido Ted Sahwn abriram uma famosa escola em Los Angeles, a Denishawn. Muitos de seus alunos, entre os quais Martha Graham, desenvolveram estilos mais pessoais e formaram suas próprias companhias.
A dança moderna voltou ao início básico da dança, liberada de artifícios ou temas fantásticos. Era um meio do artista poder expressar seus sentimentos de um modo mais atual. Explora as possibilidades motoras do corpo humano, usa o dinamismo, o emprego do espaço e do ritmo corporal em movimentos. Os grupos de dança moderna normalmente são fundados por uma personalidade, que é seu coreógrafo e diretor, sendo por isso individualistas e tendo suas próprias características.
A dança moderna se desenvolveu principalmente nos Estados Unidos, por não ter uma tradição clássica, e na Alemanha, pela particularidade do alemão gostar de manter suas características próprias evitando influências externas.
4.    Dança Popular

É a dança dos bailes, festas e outras reuniões sociais e incluem tanto as danças antigas, como a valsa, até as da moda da época atual.
As primeiras danças populares, conhecidas como danças da corte, originaram-se entre os nobres europeus do século XII, a partir das danças folclóricas dos camponeses.
Os passos de muitas danças populares foram registrados em papel e vêm sendo ensinados por mestres desde o século XV. É comum este tipo de dança se espalhar por vários países.
Algumas foram consideradas chocantes quando surgiram, como no século XIX; muitas pessoas consideravam a valsa deselegante porque exigia maior contato com os pares; na década de 1920, dançar o jazz com o rosto colado era considerado pecaminoso.
A maioria das danças populares representa uma moda passageira e fica ligada à época em que teve maior sucesso; às vezes é esquecida no período seguinte.
5.    Maxixe
Maxixe é uma dança urbana brasileira, normalmente instrumental, surgida em 1870, no Rio de Janeiro.
Algumas pessoas acham que foi uma fusão da habannera (dança de origem afro-cubana) e da polca; outros dizem que é proveniente do lundu misturado também com a polca.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/maxixe2.gif É uma dança de par, com ritmo forte e andamento rápido e exige de seus          participantes extrema agilidade na execução dos passos.
Era considerada uma dança escandalosa, sendo por isso perseguida pela polícia, igreja, chefes de família e educadores. Para que pudesse ser tocado e dançado em casas de família, trazia o nome de tango brasileiro.
O compositor Ernesto Nazaré, ficou famoso com "seus tangos" : Odeon, Brejeiro e Sertaneja.
O maxixe caiu em desuso, talvez por sua complicada coreografia. Esta dança foi a precursora do samba.
6.    Quadrilha

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/junina4.gifQuadrilha, dança de salão de origem européia do século XIX, chegou ao Brasil trazida pelos portugueses e pelas missões culturais francesas que estiveram no Brasil nesta época; fez grande sucesso no Rio de Janeiro na época da Regência, trazida por mestres de orquestras de danças francesas. Depois se popularizou acabando por tornar-se uma dança caipira, executada nas festas juninas.
O acompanhamento musical da quadrilha é a sanfona; os participantes, sempre em pares, obedecem comandos de um marcador, que mistura palavras francesas e portuguesas e é dividida em cinco partes.
Cada etapa vai mostrando de um modo simbólico, o que se passa entre um homem e uma mulher, num momento de conhecimento e namoro. Existe o "en avant" e o "an arriê" , a indecisão dos parceiros, as mulheres que observam os homens e vice versa, os pares que passeiam, as dificuldades, como quando cai a chuva ou encontram uma cobra, a reunião de todos , os caracóis que são as pessoas que se cruzam pela vida, o túnel e por fim a grande confraternização. Normalmente a quadrilha termina num casamento, que apesar do tom caricato, simboliza a união do homem e da mulher e a esperança de uma nova vida.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/junina1.gifToda esta simbologia teve origem há muitos séculos, quando os povos antigos festejavam a colheita no início do verão, que no Hemisfério Norte, correspondia ao mês de junho. Foram os romanos, tempos depois, que deram à antiga festa da Fertilidade, o nome de Junônias, em homenagem à deusa Juno, deusa-mãe, esposa universal, símbolo do amor conjugal, da fidelidade e da fertilidade.
Quando o cristianismo foi implantado na Europa, depois de muito relutar, a Igreja aceitou algumas das festas pagãs, entre elas as Junônias.
Interessante é notar que uma dança nascida há tantos séculos, no meio de um outro povo, apareceu em outro país com uma cultura tão diferente e conservou a mesma essência.
7.    Sapateado

O sapateado se originou da fusão cultural entre irlandeses e africanos. Sua primeira manifestação aconteceu na Irlanda, no início da Revolução Industrial. Nos pequenos centros urbanos, operários costumavam usar tamancos (Clogs) para isolar a intensa umidade que subia do solo e, como forma de diversão, reuniam-se nas ruas, tanto homens como mulheres, para uma animada competição, onde o vencedor seria aquele que conseguisse produzir os sons e ritmos mais variados com o bater das solas no chão de pedra. Esta diversão passou a ser popularmente conhecida como " Lancashire Clog ".
Por volta de 1800, os tamancos foram substituídos por calçados de couro (Jigs) por serem mais flexíveis e moedas foram adaptadas ao salto e à biqueira para que o " sapato musical " soasse mais puro. Com o tempo, as moedas foram trocadas por plaquinhas de metal: os "taps".
Os africanos enfatizavam a dança de formas diferentes, mas basicamente com os pés não criavam ritmos, pois dançavam descalços com o pé inteiro no chão. O ritmo era baseado no batuque e assim chegaram nos nos EUA, onde eram escravos e nas festas mantinham suas tradições.
Em suas festas tradicionais, como não podiam tocar tambor, começaram a fazer mais ritmos corporais com as mãos, boca e pés. Isso os deixou mais curiosos com as danças européias (Jig e Clog), às quais eles já haviam assistido uma vez ou outra.
Em 1830, Thomas Rice, numa temporada de verão em Kentucky, apresentou-se com um número inédito baseado na minuciosa observação que teve de "Jim Crow", um dos negros que trabalhava para o teatro. Crow tinha um caminhar desengonçado tanto pela sua idade avançada como por uma forte rigidez muscular numa das pernas e nos ombros. Enquanto trabalhava, costumava cantar uma canção e no final dava três pulinhos muito dificultosos.
Partindo deste fato, Rice pintou o rosto de preto, vestiu um macacão de carregador e, cantando a mesma canção conhecida então por "Jump, Jim Crow", dançou improvisando saltos e giros totalmente fora do convencional. O artista branco de cara negra começou a despontar em massa pelos Estados Unidos dando origem aos famosos "Shows de Menestréis".
A primeira troca efetiva de talentos entre brancos e negros aconteceu em 1840, quando escravos recentemente livres e imigrantes irlandeses recém chegados se espalharam por vários pontos de Nova Iorque e, freqüentando os mesmos salões, começaram a trocar passos de "Irish Jig" e dança africana.
Por volta de 1920, surgiu o Sapateado Americano. O desenvolvimento de sua história começou com os negros, mas o auge veio com as grandes produções do cinema entre 1930 e 1950, quando surgiram grandes nomes como Gene Kelly, Fred Astaire , Ginger Rogers e Eleonor Parker.
O estilo adotado nos musicais é mais dançado com o corpo, utilizando técnicas de ballet , os braços e combinações tradicionais. No sapateado do negro americano, as batidas são mais rápidas, o corpo fica mais à vontade, no estilo próprio de cada um.
Fred Astaire dançava os dois estilos de uma maneira surpreendente e perfeita, altamente clássico e com a velocidade dos negros.
Como tudo, o sapateado também evoluiu e passou a ter outras formas. Savion, um dos maiores sapateadores do mundo, criou uma nova forma de sapatear mais forte e mais ousada com seu swing e musicalidade.
O sapateado também pode ser chamado de instrumento de percussão, pois com batidas dos pés executam-se sons e melodias rítmicas bem variadas e ricas.
O sapateado é uma dança relaxante que não tem limite de idade, sexo e nem exige grande esforço para principiantes.
Valsa

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/drom.gifDança de origem européia, surgiu na Áustria e Alemanha, inspirada no minueto e no laendler, dança alemã campestre antiga. A origem da palavra vem do alemão waltzen, que quer dizer dar voltas. É uma dança de compasso ternário, com três andamentos, rápido, moderado e lento.
Quando a valsa apareceu, com seu ritmo alegre e envolvente, caiu no gosto popular, mas as classes da aristocracia e da alta sociedade a achavam imoral por ser dançada por pares entrelaçados, ficando proibida por décadas. Em 1815, com a derrota de Napoleão Bonaparte, aconteceu na Áustria o Congresso de Viena, uma reunião internacional com políticos e nobres, para restabelecer o equilíbrio europeu. Sigismund Neukomm, músico austríaco, encarregado da parte musical deste encontro, introduziu a valsa nesta ocasião, passando então, a partir daí, a fazer parte de eventos que ocorreram em palácios e tornando-se uma das danças mais apreciadas no mundo ocidental.
Lindas e suaves melodias foram então compostas. Entre outras surgiram: "Convite à Valsa", de Carl Maria Von Weber, a valsa de Chopin para o balé "Las Sylphides", "Viúva Alegre" de Franz Lehar e as famosas valsas vienenses de Strauss, como o conhecido Danúbio Azul.
Em 1816, Neukomm chegou ao Brasil, onde foi professor de harmonia e composição do Príncipe D. Pedro. Em seus arquivos constam referências sobre as primeiras valsas compostas no país de autoria do futuro Imperador do Brasil, D. Pedro I. Apesar de agradar a nobreza no Brasil, a valsa logo se difundiu por todas as classes sociais, e fez sucesso não só na música erudita mas também na popular e folclórica. Entre os compositores brasileiros que se destacaram neste gênero temos: Villa Lobos, Carlos Gomes, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazaré,Pixinguinha, Tom Jobim e Chico Buarque, entre outros.
Atualmente a valsa sempre está presente em bailes de formatura e casamentos.
Dança no Mundo

1.    Dança Africana
2.    Dança Cubana
3.    Dança Egípcia
4.    Dança Francesa
5.    Dança Groenlandesa
6.    Dança Grega
7.    Dança Holandesa
8.    Dança Indiana
9.    Dança Irlandesa
10.  Dança Mexicana
11.  Dança Neozelandesa
12.  Dança Nigeriana
13.  Dança Oriental
14.  Dança Panamenha
15.  Dança Peruana
16.  Dança Portuguesa
17.  Dança Russa
18.  Dança Sul-Africana
19.  Dança Tailandesa
20.  Dança Uruguaia


1.    Dança Africana
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A dança originou-se na África como parte essencial da vida nas aldeias. Ela acentua a unidade entre seus membros, por isso é quase sempre uma atividade grupal. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam círculos em torno dos bailarinos. Em ocasiões importantes, danças de rituais podem ser realizadas por bailarinos profissionais. Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com dança, nascimento, morte, plantio ou colheita; ela é a parte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses, uma colheita farta. As danças africanas variam muito de região para região, mas a maioria delas tem certas características em comum. Os participantes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam sós ou em par.
As danças chegam a apresentar algumas vezes até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar o corpo com tinta para tornar seus movimentos mais expressivos.
As danças em Marrocos usam normalmente uma repetição e um constante crescimento da música e de movimentos, criando um efeito hipnótico no dançarino e no espectador. Entre elas destacam-se a AhouachGuedraGnawa e Schikatt.
*      Ahouachhttp://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/ahouash.gif
Dança coletiva com ritmo berbere; executada por aldeões do centro e do sul das Montanhas Atlas, dançam tocando instrumentos circulares feitos de pele de cabra.
Um homem chamado Raiss guia os homens da vila que tocam seus tambores, e algumas vezes flautas, enquanto rapazes e moças solteiras dançam o Ahouch frente a frente. Segurando as mãos, os dançarinos em linha sacodem seus corpos, balançando pesadas jóias de prata e âmbar, as quais, através dos movimentos, fazem um outro tipo de ritmo.

*      http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/guedra.gifGuedra 
  Esta dança tem como objetivo a unidade do povo. Para participar, todos devem saber a coreografia e       executá-la com perfeição.
     Dança de tribos berberes que vivem na fronteira do sul de Marrocos.
   Uma fila de homens em vestes azuis ou brancas e turbantes pretos tocam tambor com uma forte batida enquanto as mulheres vestidas de azul, com cabelos presos no alto da cabeça, com jóias e coroadas de conchas, batem o ritmo com as mãos e B'Sharra, a grande dama do Guedra, saúda a areia, o céu e o vento, balançando seu corpo, abrindo os braços para abraçar a vastidão do deserto, movimentando as mãos e os dedos em delicados movimentos que simbolizam o amor, a paz e a benção.

*      Gnawa 
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/gnawa.jpgA dança Gnawa celebra um ritual da seita de Sufi.
Cada ritmo tem muitos significados simbólicos que vão de poderes curativos ao exorcismo.
Uma cor específica é usada para cada dança, invocando o espírito da cerimônia, Hadra, o qual é trazido à terra de um outro mundo etéreo.
Dançarinos usam roupas brancas e chapéus pretos pesadamente enfeitados com conchas, contas, mágicos talismãs e amuletos. Em pé em linha ou círculo, os músicos mantêm o ritmo com tambores ou batendo palmas enquanto dançarinos executam danças acrobáticas.

*      Schikatt
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/schihkatt.gif
Dança erótica e popular das mulheres marroquinas.
Muitos movimentos têm origem nas danças orientais. Foi de uma combinação da influência árabe com o folclore berbere que nasceu esta dança.
As dançarinas usam camadas de véus cobrindo o corpo, do pescoço ao tornozelo, e se enfeitam com muitas jóias; elas cantam, tocam instrumentos e batem palmas enquanto dançam.
O schikatt tem um passo característico chamado rakza, quando a dançarina bate com os pés como na dança flamenca.


2.    Dança Cubana

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/rumba.jpgA dança cubana envolve uma combinação dos ritmos africanos e da música country espanhola. A palavra rumba é um termo genérico que inclui uma variedade de nomes como Son, Danzon e outros. O ritmo e dança rumba foram trazidos a Cuba no século XVI, pelos escravos negros que vieram da África.
No seu estilo nativo, a rumba começou e continua a ser informal, uma dança de rua bastante popular nas classes mais baixas e negras. É uma dança bem rápida, com movimentos exagerados de quadril, com uma atitude agressiva por parte do homem e defensiva do lado feminino. A música possui uma batida forte para acompanhar os movimentos vigorosos dos dançarinos, é tocada por maracas, tambores, marímbula e claves.
Em Cuba, desde 1950, grupos folclóricos executam os três tipos tradicionais que sobreviveram:
·  Yambu - A mais lenta, estilo simples, dançada por pessoas mais velhas em uma maneira relaxada.
·  Guaguanco - Possui um ritmo entre o moderado e o rápido; casais dançam como estivessem de namoro.
·  Columbia - Um estilo rápido, dançado a maior parte do tempo por um solo masculino, que executa movimentos acrobáticos e ousados, demonstrando coragem, força, agilidade e senso de humor.

3.    Dança Egípcia
A dança na cultura egípcia demonstrou sua importância muito antes do Egito se tornar um grande império e uma magnífica civilização. As danças egípcias sempre estiveram intimamente ligadas ao cotidiano, festas, casamentos, nascimentos, funerais, caça, colheita, rituais religiosos, enfim, aos mais diversos sentimentos humanos.
*      Dança do Ventre
Nasceu no Egito e foi desenvolvida pelas sacerdotisas em cerimônias fechadas, primeiramente com conotação religiosa, pois celebrava algo de bom que havia acontecido, como a boa colheita, um nascimento. Com movimentos ora delicados ora intensos e sensuais, os pés descalços e ritmo envolvente, é uma das mais belas danças egípcias. A Dança do Ventre ou Dança do Leste, conhecida na Antigüidade por "Raks El Shark", simbolizava também a busca das mulheres por energias, expondo seu ventre ao sol. Essa dança foi se expandindo, se popularizando, e nos dias de hoje segue as tradições da cultura egípcia misturadas aos movimentos de outras culturas, enriquecendo as coreografias e encantando seus apreciadores.
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*      Dança do Jarro 

Fonte da imagem: http://www.jade.art.br
Dança egípcia originária da celebração dos rituais do nascimento.
As mulheres executam belos movimentos com um jarro na cabeça.
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*      Dança da Bengala



Fonte da imagem: http://www.amany.he.com.br
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/egipcia3.jpgEsta dança faz referência à dança de guerra masculina, "Tahtib", onde os homens utilizam longos bastões. As bailarinas mostram sua destreza e delicadeza na exibição com os bastões.

*      Dança da Espada

Fonte da imagem: http://www. merciavaz.com.br
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/egipcia1.jpgAntigamente, nas tabernas, as mulheres tomavam as espadas dos guardas do rei e brincavam com elas, equilibrando-as na cabeça, nos seios ou na cintura, fazendo belas evoluções com o corpo e demonstrando muita destreza. A Dança da Espada faz também referência a uma dança de guerra masculina.
                                                                            




4.    Dança Francesa

Can-can
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Fonte da imagem: http://www.theater-meissen.de

O Can-Can é uma mistura da Polca e da Quadrilha e foi dançado pela primeira vez em 1822. Durante alguns anos, foi declarado ilegal, por ser considerado imoral e indecente, sendo então proibido pela polícia. O Can-Can é caracterizado principalmente por passos firmes e saltitantes, chutando alto e fortemente a perna. Normalmente o figurino desta dança consiste em meias de renda, botas de saltos altos, corpetes, penas na cabeça e saias de babados. Depois da liberação da dança, ela tornou-se muito popular por volta de 1830, e sua popularidade durou até 1944, quando então esta passou a ser apresentada em revistas e comédias musicais, principalmente na França. Originalmente o Can-Can era dançado por ambos os sexos; hoje, entretanto, é dançado só por mulheres. As músicas mais conhecidas do Can-Can foram compostas por Jacques Offenbach. O pintorToulouse-Lautrec pintou quadros célebres de dançarinas de Can-Can.
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Fonte da imagem: http://www.israeldance.co.il

5.    Dança Groenlandesa
Drum Dances
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/drumdances.jpgÉ a dança tradicional da cultura inuit apresentada dentro de uma qaggi, uma casa de neve construída para eventos comemorativos da comunidade, tais como casamentos, aniversários e caçadas bem sucedidas. Consiste num dançarino solo que compõe músicas cantadas por sua família acompanhado pelos tambores.
A habilidade técnica do dançarino de drum dances é avaliada pela sua resistência prolongada durante a apresentação e a coreografia. Envolve elementos de coesão corporal e muita expressão.
A drum dances é uma forma de diversão e socialização da comunidade. Em geral cria um clima descontraído de competitividade entre as famílias durante a festividade, porém às vezes se torna um sério duelo vencido pelo dançarino que arranca maior vibração da plateia.
Fonte da imagem: http://www.calacademy.org

6.    Dança Grega

A Grécia é um dos poucos países no mundo onde as danças folclóricas são tão vivas hoje como eram na Antigüidade. A dança sempre desempenhou um papel importante na vida grega, é uma expressão dos sentimentos humanos e da vida cotidiana. Os gregos dançavam em cerimônias religiosas e casamentos, quando se preparavam para a guerra e depois quando celebravam as vitórias, para garantir a fertilidade e para curar doenças. Cada dança tinha sua história.
A dança tradicional continua a passar de geração em geração, mantendo assim uma identidade nacional. A maioria das danças gregas são dançadas em círculo, começando com o pé direito e no sentido horário. Cada dançarino é unido ao outro por um lenço, ou segurando as mãos, pulsos ou ombros. Nas danças mistas, o homem lidera a dança. Até bem recentemente, homens e mulheres raramente dançavam lado a lado, as mulheres iam no círculo central e os homens no de fora.
As danças gregas mais populares são: Sta Tria, Kalamatianos, Tsamikos eTzakonikos.

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/grega1.jpgFonte da imagem: http://www.vic.com
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/grega2.jpgKalamatianos
Fonte da imagem: http://images.encarta.msn.com
samikos

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Fonte da imagem: http://www.annaswebart.com

Tzakonikos
 X 
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Fonte da imagem: http://www.nostos.com




7.    Dança Holandesa
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/holandesa.jpgA tradição da dança holandesa remonta os tempos dos minuetos, valsas, schottische e a polka. Os casais desenvolvem a coreografia em grupos de casais, formados em círculo ou filas de pares, de acordo com uma música típica e se vestem a caráter. Além dos tamancos, a roupa inclui chapéus, que no caso das mulheres parece uma touquinha de laise toda delicada. Muitos dos passos usam o tradicional tamanco para criar sons diferentes.
Fonte da imagem: http://www.susankramer.com
8.    Dança Indiana
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india.jpgA dança na Índia está presente em muitas outras formas de arte, como poesia, escultura, arquitetura, música e teatro. Todas as formas de danças da Índia são estruturadas em nove emoções: felicidade, raiva, desgosto, medo, sofrimento, coragem, compaixão, desejo e serenidade. Os gestos das mãos são usados para exprimir estes sentimentos.
Um dos símbolos mais antigos na dança da Índia é a figura de Nataraja, Shiva. Sua dança engloba criação, preservação e destruição, idéias que estão embutidas no pensamento e no ritual hindu desde o começo da civilização; os indianos acreditam que a vida é essencialmente um balanço do bem e do mal, onde opostos são independentes, é a dança da vida.
A dança indiana é uma mistura de três elementos: Nritta, são elementos rítmicos que interpretam a linguagem do ritmo com ajuda de movimentos do corpo, Nritya, combinação de ritmos e expressão, mostrada através dos olhos, mãos e movimentos faciais e Natya, quando é apresentado o tema e seus vários personagens. A maioria de seus temas vêm de sua rica mitologia e lendas folclóricas.
Cada forma de dança também busca inspiração em histórias que descrevem a vida, princípios e crenças do povo indiano. A Índia oferece diversas formas de dança, cada uma representa a cultura e princípios de uma região ou de um grupo de pessoas. Conheça as danças: Bharatanatyam, Kuchipudi, Manipuri e Odissi.
Fonte da imagem: http://www.brahminworld.com
Esta é uma dança muito popular no sul da Índia. É a mais antiga entre todas as formas de dança no país.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india1.jpgÉ extremamente tradicional e conhecida por sua graça, pureza e ternura, uma dança de mente e espírito. As mãos são importantes instrumentos de expressão de sentimentos, seus corpos fazem poses que formam triângulos e parecendo esculturas vivas. A dançarina é considerada uma adoradora do Divino, uma materialização da beleza, charme e graciosidade.
A interpretação da palavra Bharatanatyam é:
BHAva (expressão) + RAga (música) + Tala (ritmo) + NATYAM (dança).
Fonte da imagem: http://www.indtravel.com

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india2.jpgDança nativa que nasceu e floresceu na vila do mesmo nome. Desde a sua origem, permanece como uma dança tradicional desta região e, como a maioria das danças indianas tradicionais, está associada à religião. Por um longo tempo, era apresentada somente em templos e executada por homens. As roupas não são muito elaboradas e a maquiagem não é forte. Os personagens mais importantes usam maquiagem diferenciada e as mulheres usam jóias na cabeça, braços e pescoço.
A técnica do Kuchipudi faz uso de um ritmo forte para os pés e movimentos esculturais do corpo. Uma mímica própria usando gestos de mãos e uma sutil expressão facial é combinada com ações mais fortes, mas sua maior característica são as expressões corporais e faciais. Ocasionalmente, diálogos são ditos pelos dançarinos.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india5.jpgSeus temas são originados de escrituras e da mitologia. Uma típica orquestra para uma apresentação de Kuchipudiinclui mridangam, flauta e violino.
Fonte da imagens: http://www.arts.state.ms.us e http://planetmridangam.tripod.com

Odissi é considerada uma das mais antigas danças que sobreviveram de acordo com evidências arqueológicas, em inscrições ou em esculturas. É também a mais expressiva.
Ela teve sua origem nas danças do templo http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india7.jpgexecutadas pelas devadasis, dançarinas do templo. Na década de 1950, Odissi foi totalmente reestruturada, e hoje é conhecida como uma combinação de tradições de várias danças, como Maharis, que são dançarinas do templo, e Goti Puas, meninos que se vestem de mulher e dançam como asMaharis.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india4.jpgAs bailarinas de Odissi dançam de uma maneira sinuosa se concentrando em três partes do corpo: cabeça, busto e torso, e assim expressam suas emoções e sentimentos. Nesta dança, os pés são posicionados para formar um quadrado; algumas vezes existem movimentos bruscos, mas predominam os mais suaves. Todos os seus movimentos se combinam com graça e charme, que é a característica da Odissi.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india8.jpg   http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india6.gif
Fonte da imagem: http://www.teatroliberopalermo.it, http://www.olywa.net e http://www.meadev.nic.in

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/india3.gifManipuri é uma dança tradicional de Manipur, cidade situada a nordeste da Índia. Ela é diferente em muitas formas de outras danças indianas. O corpo se move lentamente, de uma maneira sinuosa e, os movimentos de ondulação dos braços vão até as pontas dos dedos. De acordo com as lendas de Manipur, quando Deus criou a terra, ela era encaroçada; então, as sete Lainoorahs dançaram sobre ela, pressionando levemente com seus pés para torná-la firme e macia. Por isso, quando atualmente o povo Manipuri dança, ele pressiona os pés contra o solo com delicadeza. Balanço e leveza são as características principais deste estilo.
Fonte da imagem: http://www.meadev.nic.in


9.    Dança Irlandesa

Icelandic Schottische
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/islandesa1.jpg
Dança tradicional do passado na Islândia bastante ativa, na qual os dançarinos devem ter muito pique e agilidade. Os pares dançam formados em círculo, pés paralelos, com os braços passados pelos ombros, isto é, lado a lado, evoluindo com passos firmes, alternados, saltitantes e repetitivos. Ao soltar os ombros, os casais dançam frente a frente de mãos dadas, e os cavalheiros rodeiam as damas de mãos atadas também.
Fonte da imagem: http://www.calacademy.org



10.  Dança Mexicana
O México já possuía antes da chegada dos espanhóis, uma grande variedade de danças.
Os religiosos que evangelizaram estas terras tentaram extirpá-las por considerarem muitas delas como ritos pagãos e como encontraram uma grande resistência, tentaram modificá-las. Os povos indígenas então que possuíam grande imaginação as modificaram mais na aparência do que em seus fundamentos, e até hoje muitos de seus passos e vestimentas remontam dos mesmos usados por seus ancestrais. A dança mexicana é um conjunto de coreografias típicas de várias regiões do país. São danças muito ricas em melodia, ritmos e movimentos que podem ser acompanhadas não só por instrumentos mas também por canto.
Entre suas danças destacam-se:
·  "La Danza de los Viejitos" é uma antiga tradição, anterior a chegada dos espanhóis, é usualmente interpretada por jovens, que imitam pessoas idosas em movimentos engraçados, com dificuldade de se movimentar e encurvados em uma bengala. Usam trajes de camponeses e máscaras de feições idosas, sorridentes e sem dentes.
·  "Los Sembradores" é uma interpretação artística de um dos mais importantes elementos da vida: trabalhar com a terra, plantar http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/dancadochapeu.jpge colher, a alegria de trabalhar em comunidade e a beleza da simplicidade.
·  "Jarabe Tapatio" ou "Dança Mexicana do Chapéu", é considerada a dança nacional do país. Quando a bailarina russa Anna Pavlova, visitou o México em 1930, ficou encantada com esta dança e com seus lindos trajes e decidiu incluí-la em seu repertório permanente; as autoridades mexicanas sentiram-se honradas com o fato e resolveram que ela seria a principal dança do país. A dança conta uma história de amor e do namoro de um homem e uma mulher em uma festa. O namoro é percebido em várias figuras da dança, em certo momento o homem joga seu chapéu no chão e dança ao seu redor e ao redor da moça, ela pega o chapéu mostrando que aceita o seu amor, põe em sua cabeça e os dois vão embora felizes.
Fontes da imagens: http://www.mexfoldanco.org e 
http://www.coh.arizona.edu/


11.  Dança Neozelandesa


Haka | Poi
A dança, assim como a música, é uma parte vital da cultura Maori na Nova Zelândia.
A dança do povo maori foi originalmente executada por motivos sociais e religiosos.
A música é um elemento essencial para manter a história e a genealogia de seu povo; cada tribo tem seu próprio repertório, com muitas canções compostas há centenas de anos.

Haka é uma dança de guerra e é um termo usado genericamente para descrever todas as formas da dança Maori.
Desde os primeiros tempos, a Haka inspirou gerações do povo maori na paz e na guerra, tornando-se uma identidade da expressão nacional neozelandesa.
A melodia da Haka é uma composição tocada por instrumentos variados: mãos, pés, pernas, corpo, voz, língua e olhos todos executando sua parte, e essa mistura expressa, desafio, boas vindas e alegria.
Também são essenciais para execução da Haka: a dilatação dos olhos (pukana), projeção da língua, feita somente por homens (whetero) e fechar os olhos em diferentes partes da dança, executado só por mulheres (potete). Estas expressões faciais são usadas várias vezes na execução da dança para dar significado e força às palavras.
As Hakas geralmente não são representadas com uniformidade de coreografia. Esta complexa combinação de dança e canto é uma expressão da paixão, vigor e identidade da raça e, acima de tudo uma verdadeira mensagem que mostra por palavras e expressão corporal o sentimento do artista.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/haka3.jpgDiz-se que a Haka foi planejada e executada para dar a seus participantes coragem e determinação para realizar grandes desafios.
Existem dois tipos de Haka:
Peruperu é um estilo da verdadeira dança de guerra. Usam armas e uma de suas características é um grande salto com as pernas dobradas que é dado no final da dança.
Ka Mate foi originária do estilo ngeri, é uma dança pequena, com movimentos livres onde a coreografia varia de acordo com o sentimento e criatividade de cada artista. Foi criado pelo chefe Te Rauparaha em 1820.

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/allblack.jpgA Haka Maori mais conhecida internacionalmente, é a dança executada e cantada pelo time de nacional de rugby da Nova Zelândia os "All Blacks".

Fontes da imagens: http://www.hps.com/, http://www.cardett.co.nz, http://www.restech.wustl.edu/ e http://homepages.nat.fr
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/haka1.jpg
A dança maori chamada Poi é executada por mulheres que com ritmo bem marcado, sacodem bolas presas em hastes flexíveis. As bolas são ornamentadas com desenhos geométricos e algumas vezes com penas. A bola é sacudida em volta do corpo de várias formas, sugerindo forças da natureza, como vôos de pássaros, cachoeiras ou chuvas de verão. Esta dança é executada em algumas ocasiões, como por exemplo, para dar boas vindas aos convidados e na celebração de eventos importantes. Seu movimento ritmado é usado também pelas mulheres para ninar crianças ou avós.

 12. Dança Nigeriana
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/atilogwu_dance.jpgA dança e a música são expressões artísticas fundamentais na Nigéria. Tem um significado sagrado e intenso simbolismo. Atilogwu é um estilo de dança vigorosa e mágica, rápida e impressionante. Combina movimentos acrobáticos com batidas ritmadas dos pés. Utiliza um vestuário bem colorido. Exige rigoroso treinamento para ser apresentada e, portanto, considerada ofuscante se comparada aos outros estilos. A dança Atilogwu se tornou um cartão de visita da cultura nigeriana quando apresentada na Nigéria ou em eventos no exterior.


13.  Dança Oriental
Em alguns lugares da Ásia, as tradições da dança têm milhares de anos. A maioria das formas de dança teatral era realizada originalmente como parte do culto religioso ou como entretenimento. Os asiáticos têm um profundo respeito à tradição, o que levou os dançarinos a aperfeiçoarem danças teatrais já existentes, em vez de criarem novos estilos. Em grande parte da Ásia, a dança, as peças teatrais e a ópera não se http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/pwe.jpgdesenvolveram como formas de arte distintas; elas se misturam. Os participantes geralmente usam fantasias muito trabalhadas, máscaras ou maquiagem; movimentos da parte superior do corpo, especialmente expressões faciais e gestos com as mãos, comunicam a mensagem da dança, e é através destes gestos que descrevem um fato histórico, uma lenda ou um mito. Alguns espetáculos de dança teatral da Ásia são realizados ao ar livre e duram a noite inteira; uma representação famosa deste tipo é realizada na Birmânia, e se chama pwe. O bharata natyam, uma dança originalmente realizada nos templos da Índia, associa ritmos complicados com lendas hindus relatadas em canções e pantomimas; essas danças de templo usam mudras, gestos feitos com as mãos, que possuem significados já conhecidos. Barong, dança teatral, realizada na ilha de Bali, os dançarinos dramatizam uma luta lendária entre um http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/barong.jpgdragão e uma bruxa.
Algumas das mais importantes danças teatrais da Ásia começaram como entretenimento para a realeza. Os famosos espetáculos japoneses, o no e o kabuki, tiveram sua origem numa majestosa procissão da corte chamada bugaku, que começou no século IX. A Ópera de Pequimteve início na corte do Imperador chinês, no final do século XVIII. As danças operísticas e outras encenações tradicionais, como acrobacias, pantomimas, fantasias coloridas e maquiagens simbólicas, obtém grande sucesso até hoje.
 http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/peguim.gif Ópera de Pequim


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Gestos com as mãos

14.  Dança Panamenha
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/dancas1.jpg
Localizado na América Central e habitado por uma maioria de mestiços, a cultura panamenha buscou sua identidade após sua independência a partir de 1903. Com o ritmo marcante da salsa e da colombiana cumbia, a cultura popular do Panamá teve que batalhar muito para sobreviver. O instrumento nativo que deixou sua marca é amejoranera, uma guitarra de cinco cordas usada para tocar canções típicas chamadas torrentes e um violão de três cordas usado para tocarcumbias, puntos e pasillos.

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/dancas2.jpghttp://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/dancas.jpgO uso do acordeão acompanha também esse ritmo folclórico tão significativo para seu povo. Muitas das músicas e danças típicas panamenhas narram as situações da vida cotidiana formando assim um diálogo cantado muito alegre. A dança folclórica mais popular e tradicional do Panamá chama-se Tamboritos. Homens e mulheres dançam em trajes típicos bem coloridos e são liderados pela "cantalante", uma cantora que é acompanhada por um coro de palmas ritmadas, três tambores e vozes. Um estilo bem parecido chamado Congo é mais comum nas comunidades negras e diferencia-se pelo uso de tambores rústicos e movimentos sensuais. Também seguindo esse ritmo marcante, os imigrantes jamaicanos trouxeram o Calypso e o Mento, assim como os colombianos deixaram sua marca na Cumbia, mais dançada nos festejos domésticos. Outros tantos estilos e músicas marcam a dança panamenha, tais como o Punto e as danças de salãoPasillo, Danza e Contradanza.

Tamboritos

Fontes das imagens: 
http://www.angelfire.com/tx/CZAngelsSpace/Tamborito.html 
http://www.vacationscostarica.com/panama/tours/panama_nightlife.htm 
http://www.nhli.org/2003mujer_highlights.htm

15.  Dança Peruana

O Peru é um país onde a dança existe desde os tempos mais antigos. Os anciãos escolheram a dança como uma forma de render homenagem às suas divindades, de comemorar uma boa colheita ou uma boa notícia. De acordo com a região onde são desenvolvidas, o litoral, a montanha ou a floresta amazônica, apresentam suas características particulares.
No litoral, as danças típicas são a valsa creola, as danças afro-peruvianas e também a marinera. Nas montanhas, as danças são muito coloridas e cheias de vigor. O bater constante dos saltos, o sapateado e as coreografias transmitem alegria e vitalidade. As danças dos rituais necessitam de anos de prática para poder realizar os saltos acrobáticos ao ritmo da harpa e do violão. As danças predominantes na floresta amazônica são as danças tribais, que convidam famílias inteiras a dançar em círculo ao som de instrumentos de percussão.
Marinera
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/marinera.jpgA marinera é uma dança romântica, elegante e graciosa, na qual os dançarinos, uma mulher e um homem, representam uma peça de amor e sedução; é caracterizada pelo uso de lenços agitados pelas mulheres. Apesar de ser característica do litoral do país, se expandiu por todo país, variando de um lugar para outro tanto por seus costumes como por suas coreografias, conservando entretanto sua essência, que é a corte feita por um homem a uma mulher. A cidade de Trujillo é considerada a capital da Marinera, lá se realiza anualmente uma competição nacional desta dança, http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/cajon.gifuma festa cheia de cores e beleza na qual casais veem de diferentes cidades do país para competir em diversas categorias. Durante este festival, a estrutura da coreografia é mais complicada; o cajone a guitarra são substituídos pelos tambores e cornetas das bandas de música.
Fontes das imagens: http://www.virtualperu.net e http://ritmoproductions.com

16.  Dança Portuguesa

Vira | Fandango | Bailarico
Vira
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/vira.jpg
O Vira é uma dança conhecida como tradicional da região do Minho, mas é dançado em muitos outros lugares de Portugal, sendo considerado uma das mais antigas, populares e características danças tradicionais deste país. Normalmente é dançado por vários pares em roda, evoluindo no sentido anti-horário: rapazes e moças vão alternadamente ao centro da roda, batendo com os pés e com os braços levantados. O nome desta dança vem do verbo "virar", pois são os seus movimentos característicos. Os passos são acompanhados por violões, acordeões e cantos que falam sobre os aspectos da vida do campo e também dos relacionamentos amorosos.
Fonte da imagem: http://www.jf-carcavelos.pt
Fandangohttp://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/fandango.jpg
Dança de origem espanhola que, a partir do século XVIII, passou a ser muito apreciada pelos portugueses em todas as camadas sociais. Primeiramente, era vista em espetáculos teatrais, passando depois a fazer parte dos salões da nobreza. Caracterizada como uma dança de sedução, foi por algum tempo considerada como obscena, aspecto que foi sendo esquecido com o tempo; passou a ter coreografias de grande agilidade, passando a ser hoje uma dança de exibição, na qual se apresentam homens frente a frente se alternando em um sapateado. O acompanhamento mais comum do fandango é a forma instrumental, mas a forma cantada também é muitas vezes usada.
Fonte da imagem: http://attambur.com

O bailarico é um tipo de dança acompanhado por canto. Antigamente, este canto era feito numa fora de desafio. Ela é dançada em roda; na primeira parte da dança, os pares evoluem separados um em frente ao outro, os passos são pequenos e saltitantes e, como na dança do Vira, os braços são mantidos levantados. Na segunda parte, os pares dançam juntos em passos como se fosse uma valsa.
Fonte da imagem: http://www.uc.pt

17.  Dança Russa
As tradicionais danças russas são originadas das antigas danças da Croácia misturadas com elementos das tribos da Mongólia. A dança folclórica russa é diversificada e não há uma maneira uniforme de executá-la. Os movimentos são definidos pelo modo de vida e costumes do povo de cada região, que são bem diferentes, devido à grande extensão do país. As mais tradicionais danças da Rússia requerem acompanhamento de instrumentos como a balalaika e a garmoshka.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/balalaika.jpg   http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/garmoshka.jpg
Fontes das imagens: http://www.hullcloth.com e http://www.well.com
Dança muito vigorosa, com saltos de joelhos dobrados, giros no ar e fortes batidas de pés. Algumas vezes, os dançarinos giram tão alto que, ao baterem com os pés no chão, quebram os saltos de suas botas. A letra da canção que acompanha esta dança é formada de versos simples de quatro linhas.
Fonte da imagem: http://www.barynya.com

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/drobushki.jpgDança com muitas batidas de pé, sempre acompanhadas de palmas e movimentos acocorados. Todos estes difíceis movimentos são usados pelos bailarinos para expressar desafio, competição e para conquista e namoro. Drobushki normalmente é acompanhado por um canto à capela ou por instrumentos tradicionais russos.
Fonte da imagem: http://www.barynya.com

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/hopak.jpgTradicional dança camponesa russa, mais famosa e conhecida como uma dança da cultura ucraniana. Executada primeiramente só por homens, passou depois a ser dançada por casais e grupos mistos de bailarinos. Hopak não tem passos fixos: homens competitivamente improvisam passos, altos saltos, chutes acocorados e giros; mulheres executam passos simples, balanceios, batem palmas ou dançam em círculos.
Fonte da imagem: http://www.infoukes.com

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/troika.jpgDança folclórica russa, na qual um homem dança com duas mulheres. A palavra russa troika quer dizer três cavalos atrelados; nesta dança, os bailarinos imitam o galope de cavalos puxando um trenó ou uma carruagem.
Fonte da imagem: http://www.csob.qc.ca



18.  Dança Sul-Africana

Gumboots
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/gumboots01.jpgGumboots , a dança das botas de borracha,nasceu nas minas de ouro da África do Sul durante a época do Apartheid. Os mineradores trabalhavam quase na obscuridade total no interior das minas, ficavam presos em correntes e proibidos de falar entre si. Além de ficarem por longo tempo separados de suas famílias, eram muito ruins as condições de trabalho, o chão das minas era coberto de água suja que ia constantemente até o joelho, muitas vezes tinham feridas nos pés e pernas. Os donos das minas acharam que seria mais rentável se os mineiros não adoecessem e não faltassem ao trabalho por isso, os equiparam com botas de borracha. Além das botas sua roupa de trabalho era composta de calças compridas, torso nu e um pano http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/gumboots02.jpgenrolado na testa para absorver o suor.
Os trabalhadores para se comunicarem entre si, desenvolveram um código particular batendo suas botas sobre as poças d`água e balançando suas correntes mandando assim mensagens para os outros companheiros. Esta comunicação tornou-se um entretenimento, nos sons que desenvolveram acrescentaram movimentos de dança que executavam também em seus momentos de lazer, assim nasceu http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/gumboots03.jpgaGumboots.
O fato de que diversos grupos étnicos e várias línguas conviviam lado a lado contribuiu para que esta dança se tornasse uma mistura de ritmos e músicas.
Os mineradores trouxeram então suas fortes tradições de ritmo, música e dança; gumboots, hoje é uma forma de arte popular, com algumas adaptações para o moderno e contemporâneo, é apresentada em todo o mundo não só para entretenimento, mas para contar a história destes homens. Na Gumboots os movimentos do corpo são essenciais e mostram toda a riqueza e complexidade da cultura sul africana.
Fonte das imagens: http://www.offjazz.com e http://attambur.com

19. Dança Tailandesa
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A dança tailandesa, inseparável de sua cultura, possui movimentos graciosos, um ritmo suave e agilidade. Ela se divide em dois estilos: a Dança Clássica e a Folclórica. A primeira busca sua inspiração na mitologia e religião e surgiu na corte. A folclórica varia de acordo com a região e por isso tem características diferentes. 
Cada uma delas é acompanhada por uma orquestra composta de instrumentos tradicionais tailandeses, como o Saw Sam Sai, o Kaen, o Mong-Ching e o Phin-Pia. Lakhon, Fawn Thai, Nora Dance, Sampeng, Sila e Likay são algumas de suas danças.








http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/danca2.jpgFawn Thai
Fawn Thai era originalmente uma arte encenada pelas cortes reais do antigo reino de Sião. As companhias de dança eram formadas dentro das cortes e sua precisão e beleza eram o ponto alto das apresentações. Atualmente, apesar de esta dança ainda ter bastante importância nas apresentações reais, suas dançarinas são pessoas comuns selecionadas e treinadas e a apresentação é feita em lugares públicos.
Fawn Thai em suas muitas formas é geralmente encenada por quatro pares de dançarinas e em ocasiões muito importantes, quando se apresentam centenas bailarinas. Existem cinco tipos desta dança: Dança das Velas, Dança das Unhas, Dança do Lenço, Dança da Borboleta e Dança Alegre. Suas roupas são muito coloridas e variam de acordo com cada lugar do país. Nas coreografias, a uniformidade dos passos e o movimento das bailarinas são mais apreciados pela qualidade artística do que pela mensagem que transmitem.
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/danca1.jpgÉ uma dança clássica, antigamente representada no palácio real. Seus movimentos são graciosos e sensuais; o tronco e as mãos são muito expressivos, com movimentos convencionais que retratam emoções específicas.

Nora Dance

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/danca3.jpgChamada originalmente de Chatri, possui movimentos que interpretam a natureza e seus elementos. É acompanhada por palavras e música

A palavra sampeng significa flor, por isso seus adereços de cabeça têm o seu formato e o grupo de dançarinos que a executam o fazem em grupos como flores.



http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/danca5.jpgSila é uma dança de autodefesa originaria da Indonésia e famosa na parte sul da Tailândia.

Likay
http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/danca6.jpgLikay é uma dança folclórica que se desenvolveu a partir de um canto religioso. Suas apresentações ainda são muito populares pela beleza de suas roupas, pelo humor e por apresentarem histórias de fácil compreensão. Seus temas são sobre o bem e o mal e contos 


20.  Dança Uruguaia

A dança uruguaia teve influências dos escravos negros que vieram da África, mas são bem maiores as que receberam de seus colonizadores europeus. Durante o século XVII, os salões da Europa enchiam-se de esplendor com seus suntuosos bailes. O Uruguai absorveu a moda européia em relação aos seus bailes, mas alterou suas coreografias colocando nelas características próprias do país, surgindo então as danças nacionais. As diversas regiões do país possuem suas próprias danças, algumas com movimentos suaves que levam à nostalgia, mostrando a beleza de sua tradição. Outras revelam sentimentos amorosos com movimentos mais lentos e uma grande variedade de figuras. Entre as danças uruguaias destacam-se "El Malambo", "El Pericón", "El Gato", "Chimarrita" e "La Contradanza".
El Malambo 
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Dança individual masculina onde o bailarino mostra sua destreza e resistência em movimentos de pernas e pés. Algumas vezes dançam como se fosse um desafio entre bailarinos, que alternadamente mostram sua coreografia.






http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/pericon.jpgÉ uma dança muito elegante, com várias figuras coreográficas que correspondem a diferentes movimentos; são executados de acordo com as ordens de um maestro cuja escolha é muito importante, pois o sucesso da dança depende em grande parte de seu comando. Muitas figuras foram sendo acrescentadas para melhorar o desenvolvimento e o desenho da dança, e um dos mais conhecidos é quando os pares dão os braços formando um círculo com suas mãos livres, na grande apoteose final, e estendem a bandeira nacional sobre suas cabeças.
El Gato 
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El Gato é uma dança alegre que existe no Uruguai desde 1820 e que possivelmente foi originária do Peru. Representa um discreto jogo amoroso onde o homem corteja a moça e tenta conquistá-la; para isso sapateia e realiza incríveis piruetas até que seu amor seja correspondido.



Chimarrita
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É uma dança popular da fronteira entre Brasil e Uruguai. É dançada com os passos da polca, e por ser muito contagiante a chamam de "cadeiras vazias", já que ninguém consegue ficar sentado.
La Contradanza

http://www.edukbr.com.br/artemanhas/gifs/contranza.jpgUma das primeiras referências sobre este tipo de dança no Uruguai data de 1752, na Colônia do Sacramento. Também se dançava nas Missões Orientais ensinadas por jesuítas aos índios, mas somente para os homens tanto adultos como crianças, pois as mulheres se dedicavam a outras tarefas e não podiam participar nem da música e nem da dança. Era dançada em praças públicas e também em teatros. A grande importância desta dança é que deu origem à dança nacional do Uruguai "El Pericón". Em torno de 1880 ela desaparece dos salões.







Elementos constitutivos da dança: formas, espaço e tempo

O objetivo desse tópico é que o aluno conheça e perceba a existência dos elementos forma, espaço e tempo em uma composição coreográfica ou em um exercício de palco, no caso da pantomima ou da dramatização. Conhecer essas características possibilita ao aluno fazer novos arranjos, explorar o espaço e buscar novas formas de linguagem. Esses são alguns elementos básicos presentes, não só em todas as modalidades de dança, como também nas demais formas de se movimentar.
A forma ou estrutura é o desenho resultante da ação corporal que se projeta no espaço. Entretanto, essa ação não é vazia, pois possui um conteúdo ou significado, que deverá ser compreendido pelos seus pares. Ela reflete a ação externa e perceptível de uma intenção subjetiva, através da constante e infinita movimentação que o corpo pode realizar. Alguns fatores integram a forma e poderão ser explorados pelo professor:
a) variedade: forma externa e visível de um movimento. Multiplicidade dos movimentos, visando a ações diversificadas. Esses poderão ser repetitivos ou variados.
b)
 contraste: traduz o inesperado, a surpresa, e está proporcionalmente associado à dinâmica do movimento.
c)
 equilíbrio: estático ou dinâmico.
d)
 seqüência: sucessão de movimentos interligados, porém independentes entre si que se seguem.
e)
 repetição: número de vezes que um movimento ou uma seqüência de movimentos pode acontecer.
f)
 harmonia: disposição ordenada dos elementos que compõem um movimento. Possui características de regularidade, coerência e proporcionalidade.
g)
 clímax: é uma ação inesperada, surpreendente, ou o grau máximo da progressão dessa ação, que pode isolada, associada ou conseqüente de outra.
Quando o aluno incorpora e assimila esses conceitos, ele se sente encorajado a buscar e a descobrir novas formas de se expressar.
Já o espaço refere se ao todo do contexto onde a ação acontece e não apenas àquela dimensão restrita ao piso que nos serve de apoio. O espaço possui volume e densidade, ou seja, comprimento, largura e altura. Os gestos e as expressões utilizam se desses elementos indispensáveis, para dar significado ao sentido expressivo do conteúdo. São fatores integrantes do espaço:
a- direção: indica o rumo que um movimento pode seguir, que pode ser direto, em linha reta, isto é, sem intermediação entre o ponto de origem e o de finalização ou indireto, isto é, aquele que tem origem e finda aleatoriamente pelo espaço.
b-
 distância: relativa ao traçado realizado por um movimento, de um ponto a outro do espaço.
c-
 planos: frontal, sagital ou horizontal.
d-
 níveis: referem-se à altura em que os movimentos podem ser realizados e classificam-se em :
- alto: da posição de pé, para cima, até os saltos.
-
 médio: a movimentação é realizada geralmente com joelhos ou tronco flexionados.
-
 baixo: de cócoras, ajoelhado, sentado e deitado. (entre os três níveis básicos, existem as situações intermediárias, cuja execução situa-se entre eles)
e- direções: rotas a seguir em relação ao eixo central do corpo
Atrás
Diagonal direita atrás
Diagonal esquerda atrás
Lateral direita
Lateral esquerda
Diagonal direita à frente
Diagonal esquerda à frente
Frente
O tempo engloba[p1] o ritmo. Esse cumpre vários objetivos: é estimulante; unifica o trabalho em grupo, fazendo-o convergir para um fim comum; auxilia na memorização da seqüência de passos; concretiza a intenção do movimento; alimenta o poder de concentração, dentre outros.
Fatores integrantes do tempo/ritmo:
a) pulso: identifica o caráter de um movimento. Se é alegre, moderado, lento, sóbrio, vivaz.
b)
 acento: recai sobre o tempo mais forte ou acentuado de um movimento.
c)
 duração: medida de permanência de um movimento, que pode ser percebida do início até o final da seqüência.
d)
 intensidade: condicionada aos fatores energia ou força, liberada pela ação.
e)
 velocidade: refere-se à aceleração ou ao retardamento na execução de movimentos, podendo ser lenta, média ou rápida.
Os fatores integrantes da forma, do espaço e do tempo são apenas alguns elementos para os quais o professor deve chamar a atenção, no momento de propor algum trabalho de criação ou de improvisação com a dança, a dramatização ou a pantomima. Eles podem ser trabalhados separada ou conjuntamente. O exercício de identificação desses elementos nas mais diversas manifestações artísticas, tais como cinema, teatro ou dança, irá contribuir na elaboração e na ampliação desse conhecimento.
Uma sugestão é trabalhar com pequenos trechos de uma música (aproximadamente 15 a 30 segundos). Para isso, peça aos alunos sugestões e faça uma seleção daquelas músicas que melhor irão atender aos seus objetivos. A melhor música para esse trabalho nem sempre é aquela que está tocando nos rádios. Você irá encontrá-la nos seus guardados ou com aqueles familiares e amigos que gostam de música. Procure variar os estilos musicais e ousar nessa proposta. Após ouvir a música, os alunos registram no papel um possível deslocamento do corpo, estabelecendo o ponto de partida e o de chegada. Num segundo momento, proponha a eles caminhar, tentando fazer o percurso desenhado. Esse exercício pode ser refinado à medida que as exigências vão sendo postas, tais como: como variar esse caminhar? Como chegar ao final variando os níveis, a intensidade, etc.? Cada fator integrante da forma, do espaço e do tempo podem servir de desafio. Esse tipo de trabalho exige um espaço apropriado (um pátio pequeno, mas que tenha sombra, ou uma sala de aula vazia). Discuta com o professor de Arte a viabilidade de um projeto em conjunto. Alguns tópicos de ensino podem ser trabalhados dentro de um único projeto.
A avaliação desse tópico considerará o envolvimento do aluno e sua disponibilidade para participar das atividades propostas. Os exercícios de criação e de improvisação devem ser avaliados no processo e não unicamente no produto, o que implica considerar a disponibilidade corporal e os avanços individuais e coletivos.
Os elementos da dança
A dança é uma linguagem artística. Seus signos são os movimentos. É uma "escrita hieroglífica", onde os elementos possuem sua tradução significativa a partir das relações que estabelecem dentro do conjunto da cena. Na dança temos o movimento do corpo como signo da linguagem. Os fundamentos essenciais da dança são:
 Movimento: Os movimentos básicos das partes do corpo (translações e rotações) e as combinações entre eles. Podemos executá-los isoladamente, depois combiná-los sucessivamente e ainda simultaneamente e podemos parar o movimento no instante de sua execução.
·         Movimento potencial: É como chamamos as pausas do movimento, ou seja, quando as partes do corpo não descrevem nenhuma trajetória no espaço.
·         Movimento liberado: É quando ele se realiza no espaço. São os movimentos realizados com o corpo como um todo no espaço.
Famílias de movimentos: Os movimentos em dança concentran-se em grupos denominados famílias da dança que são: transferências, locomoções, saltos, voltas, quedas e elevações.
 Espaço-Forma: Todo movimento corporal acontece no espaço, produzindo diferentes configurações, portanto diferentes formas. Envolve a experiência de movimentos realizados em diferentes planos, direções, sentidos, níveis, trajetórias e amplitudes, o que contribui para uma boa definição, precisão e clareza do movimento.
 Dinâmica: Refere-se ao estudo da força, do que impulsiona o movimento relacionando o indivíduo com seu próprio corpo, com o outro e com o seu entorno, ampliando assim o leque de possibilidades expressivas e criativas através do movimento. Quanto à força ou dinâmica um movimento pode ser fraco, médio ouforte.
 Tempo : São os referenciais temporais que estabelecem a ligação entre a dança e a música. Os referencias principais deste fundamento são:
·         O ritmo, que se caracteriza pela distribuição de elementos ao longo do tempo. Na música nós temos o som e o silêncio como elementos básicos, na dança omovimento e a pausa.
·         O andamento, que é como denominamos o referencial abordado quando queremos aplicar diferentes velocidades a esse ritmo. Este referencial está totalmente relacionado com o andamento da teoria musical.
Esses referenciais temporais são fundamentais no trabalho corporal, pois podem influenciar nas variações da dinâmica a partir da aplicação de diferentes velocidades na execução de movimentos e na distribuição rítmica variada na construção das combinações das partes do corpo.

O QUE SÃO AS DANÇAS SAGRADAS
Também conhecidas como “DANÇAS CIRCULARES”, são danças tradicionais de diferentes países, e foram desenvolvidas na Findhorn Foundation(Escócia) nos últimos 20 anos. Fazem parte também das Danças Circulares as danças criadas a partir de uma orientação intuitiva(Danças da Gestualidade, Danças Curativas e Danças dos Florais de Bach). Estas últimas trabalham temas específicos de cura e crescimento, e são muito utilizadas em atividades de auto-conhecimento(Cursos, Workshop’s e Vivências).
As Danças Sagradas são utilizadas para reunir pessoas em alegres celebrações, resgatando o contato com a tradição dos povos antigos, como também para harmonização individual e grupal, integração, e como instrumento de auto-conhecimento e auto-cura.
A força do Círculo é conhecida há séculos, e é um poderoso símbolo de unidade e totalidade. Durante a Dança, trabalhamos de mãos dadas, simbolizando a confiança e o apoio mútuo. No Círculo não existe hierarquia, e as atitudes de competição são substituídas por atitudes cooperativas, onde os participantes do grupo podem ajudar a superar os erros uns dos outros, manifestando o melhor de cada um.
Se conectar com o “Sagrado” destas Danças, é também se conectar com a sua intenção e o seu propósito, permitindo que a qualidade de cada Dança entre no nosso ser, e possa transformar o que seja necessário.
Através destas danças podemos trazer o que cada pessoa tem de melhor dentro de si para ser manifestado na vida cotidiana; podemos identificar os sentimentos, as potencialidades e as qualidades que ainda se encontram adormecidas no ser humano, auxiliando assim no desenvolvimento pessoal e espiritual.
A Dança Sagrada é uma meditação em movimento. Através dos passos repetidos que cada Dança possui, se entra num estado meditativo, onde não se pensa em nada: a mente fica vazia. E é no vazio que se tem a grande oportunidade de CRIAR.

BENEFÍCIOS TRAZIDOS PELAS DANÇAS SAGRADAS
- Traz a leveza, a alegria, a beleza, a paz, a serenidade, o amor que existe dentro de cada um;
- Trabalha em grupo mantendo a individualidade;
- Desenvolve o apoio mútuo, a integração e a cooperação;
- É um instrumento suave de conhecer a si mesmo;
- Manifesta a consciência de grupo;
- Acolhe os erros, e incentiva o indivíduo a expressar o que ele tem de melhor dentro de si;
- Harmoniza o grupo antes e depois de praticar as tarefas que lhe foram atribuídas;
- Traz musicalidade, ritmo e leveza para a vida diária;
- Trabalha o corpo físico, emocional, mental e espiritual;
- Amplia a percepção, a concentração e a atenção;
- Traz uma maior auto-disciplina e centramento;
- Fortalece a necessidade que cada um tem de ocupar o seu lugar, o seu espaço;
- Traz flexibilidade para a vida;
Com a prática destas Danças as pessoas passam a se valorizar mais, trazendo com maior clareza o que querem realizar em suas vidas. Além disto, pela sensibilidade que elas trazem, as pessoas tendem a se expressar cada vez mais ligadas com o coração, não mais tão racionais.


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Dança da Paz Universal


Estilos de Dança
O repertório do grupo Aquarela se centra em torno de auténticas danças folcloricas brasileiras, de fantasia trajes e de música. Exibe as três influências principais na cultura brasileira contemporanea: africana, introduzido pelos escravos do 16° ao 19° século; europeu, introduzido pelos colonizadores portugueses e imigração europeu; e a cultura indígena dos brasileiros nativos.

Xaxado
é uma dança popular do sertão nordestino que reflete o som dos sapatos dos camponeses que batem a terra seca. A tradição do Xaxado conta os tempos e as façanhas dos bandidos que de vez em ves governaram no sertão e defenderam os camponeses oprimidos contre os mestres ricos e poderosos do litoral. Aqueles bandidos incluiram os caráteres históricos de Lampião e Maria Bonita. Curiosamente, os Xaxados mais antigos conta somente com o som das vozes e das coronhas dos fusis que batem a terra para dar o ritmo.
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Maculelé
é uma dança que originou nas plantações do recôncavo durante o período colonial de Brasil e foi executada pelos escravos para comemorar uma colheita boa. Maculelé foi usado também como uma forma de arte martial no contexto da defesa e da rebelião dos escravos contre os seus donos.

Samba de Roda
é um tipo de samba e ritmo que virou mais popular no nordeste do país, particularmente na Bahia. Todos dançam juntos num círculo com muito alegria e brincadeira.
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Afoxé
chegou da África com os escravos e na língua dos Yorubas significa “dança da felicidade”. Este tipo de dança serve como base de muito festas religiosas e animistas em todo o país. É uma mistura intoxicante de movimento, som, e cores, refletindo a sensualidade e o espírito do Brasil como grande mistura étnica e cultural.

Samba Reggae
é uma mistura de vários ritmos incluindo o afoxé, ijexa, e samba duro com influências do caribe. Paul Simon era o primeiro artista principal para introduzir esta música do samba reggae ao mundo quando tocou e fez turné com a baticada Olodum da Bahia.
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Axé
é um jeito de música e dança mui popular com originem em Salvador Bahia. A palavra vem de um cumprimento ritual do sentido de boas vibrações, que estava usado nos cultos de Candomblé e Umbanda.
Axé é a dança do carnaval da Bahia e domina todos os aspectos da cultura popular baiana. Seu rico visual é único no mundo por sua mistura da ginga, dos sorrisos, paqueros, relances, rostos, vozes, corpos, e cores do povo baiano.

Frevo
é a dança e a música típica do carnaval de rua em Recife/Olinda no nordeste do país. Esta dança é muito rítmica com coreografia individual e passos rápidos. As dançarinas vestem roupas coloridas e carregam um pequeno guarda-chuva. Originalmente, esta dança não usou nenhumas letras mas confiou unicamente no som dos instrumentos.
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Carmen Miranda
Aquarela honra esta artista brasiliera como um embaixador da música brasileira ao mundo. Carmen Miranda era uma artista mui talentosa cheia de creatividade e inovação. Seu dançar, canções, e atuação, alem das suas roupas, sapatas, e acessórios - incluindo o chapéu em forma duma cesta de frutas tropicais - definiram sua imagem e estilo. Pelo seu papel no musical “as ruas de Paris” ela conquistou o público e os críticos na Broadway e ganhou o apelido da “bomba brasileira”.

Gafieira / Dança de Salão / Samba Pagode
A palavra “Gafieira” vem da palavra frances “gaffe” (gafe) e alude o aos salões e as bares onde a classe operária carioca festejava desde do começo do 20o século. A dança de Gafieira caracteriza um repertoire extraordinário e vasto de estilos cujas raizes urbanas de fim-de-século são pouco conhecidas sabidas pouco entre fãs internacionais. Estes incluem lambada, lundu, hanera, polka, xotis, tango, maxixe, batuque e uma forma rara mas encantadora de samba de gafieira conhecida como “partido alto”. Hoje Gafieira permanesce a música e a dança da classe operária urbana do Rio de Janeiro, sendo mantido vivo e se desenvolvendo numa experiência completamente contemporanea.
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Passistas
(chamados também sambistas) são as dançarinas principais nos desfiles de carnaval do Rio de Janeiro e atuam geralmente na terra na frente da bateria, dançando o passo muito rítmico de “Samba no Pe”.
O Samba no pe é uma combinação de ginga, malandragem, elegância, e graça, e é também um dos estilos mais difíceis do samba.

Samba
http://br.aquarela.com/images/Samba.jpgé o estilo mais famoso da música e dança brasileira. O Samba saiu dos ritmos dos escravos africanos. A palavra "samba" tem origem africana: na língua Quibundo “Samba” significa “ondulação umbilical” (Quibundo foi a lingua dos africanos indígenos trazidos ao país da região que virou a Angola de hoje). Os atuais estilos de samba se desenvolveram por mutação musical e disfusão geográfica. Inicialmente, os escravos africanos celebraram ceremônias segredas baseadas nas suas tradições étnicas e religiosas. O Samba é apenas um entre muitas expressões rítmicas que emergiram nestas épocas: Candomblé, Maracatú, e Capoeira são formas de dança e arte que emergiram durante a mesma era. O Samba é bem conhecido pela sua versatilidade e vitalidade. Embora alguns formulários do Samba permanescessem muito perto aos suas raizes em Afoxé, a maioria dos movimentos mais modernos do Samba envolveram fusões, tais como o samba-reggae ou o samba-funk. Samba de Enredo é o tipo de Samba dominando nos desfiles do carnaval do Rio de Janeiro. Suas letras contam uma história do passado ou presente acompanhado pelo ritmo da batucada. Samba de Enredo se tornou popular nos anos 1920s quando começou a dominar o carnaval do Rio de Janeiro Carnaval, a maior festa do mundo.
DANÇA DE SALÃO 
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DANÇA DE SALÃO refere-se a diversos tipos de danças executadas por um casal de dançarinos. As danças de salão são praticadas socialmente, como forma de entretenimento, integração social e competitivamente como Desporto. Alguns dos tipos de dança de salão foram desenvolvidas no Brasil, como, por exemplo: o forró (do Nordeste), o samba de gafieira, o maxixe entre outras.
A Dança de Salão tem origem nos bailes das cortes reais na Europa, tomando forma na corte do Rei Luís XIV, na França.[carece de fontes] É possível que abraço lateral venha do fato de que, na época, os soldados carregavam a espada no lado esquerdo, como é mostrado nas imagens de Il Ballarino, de Fabrittio Caroso.[1] Também era evidente a postura clássica, ereta e com o torso fixo, como nobalé, que tem a mesma origem.[2][3]
A dança de casal foi levada pelos colonizadores para as diversas regiões das Américas, onde deu origem às muitas variedades, à medida que se mesclava às formas populares locais: tango naArgentina, maxixe, que deu origem ao samba de gafieira, no Brasil, a habanera, que deu origem a diversos ritmos cubanos, como a salsa, o bolero, a rumba etc.[carece de fontes]
Nos Estados Unidos, o swing surgiu de grupos negros dançando ao som de jazz no início dos anos vinte. As primeiras danças criadas foram o charleston e o lindy hop. Essas deram origem a vários outros tipos de danças americanas, como o jitterbug, o balboa, o west coast swing e o east coast swing.[4]
No Brasil, oito ritmos são os mais praticados, tanto nos bailes quanto nas escolas especializadas, sendo eles: bolero, soltinho, samba,forró, lambada,zouk, salsa e tango, sendo que ainda podemos encontrar diversas variações destes ritmos.
O soltino pode ser considerado como uma versão brasileira semelhante ao swing chamada soltinho.[5]
Internacionalmente, para fins de competição, o termo dança de salão se restringe a certas danças, de acordo com as categorias --International Standard e International Latin -- definidas pelo Conselho Mundial de Dança (WDC, na sigla em inglês). As danças praticadas nesses estilos são: a valsa lenta (ou valsa inglesa), o tango internacional (diverso do tango argentino), a valsa (também chamada de valsa vienense), o foxtrote e o quickstep (International Standard); o samba (diferente das modalidades de samba brasileiro), o chachachá, arumba, o paso doble e o jive (International Latin).

Dança de salão

Cada vez mais, grupos de amigos e casais saem à noite para dançar. A noite paulistana é bastante generosa em opções de salões e espaços diversos para a prática do que chamamos de "danças de salão". Aqui apresentaremos alguns dos ritmos que encontramos nos bailes, com mais freqüência:
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Bolero: Nasceu na Inglaterra. Um bailarino espanhol, Sebastian Cerezo, fez uma variação baseada nos bailados de ciganas, cujos vestidos eram ornados com pequenas bolas (as boleras).
Chá Chá Chá: dança derivada do danzon cubano, que se seguiu ao Mambo. O nome foi tirado pelo barulho dos dançarinos nas pistas de dança. Popularizou-se no mundo com as formações das Big Bands, onde havia claro predomínio de instrumentos de sopro.
Forró: designação popular dos bailes freqüentados e promovidos por migrantes nordestinos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Teve origem nas festas oferecidas pelos ingleses aos empregados que construíam estradas de ferro. A origem da palavra vem da expressão inglesa "for all" (ou seja, "para todos").
Fox-trot: swing americano muito dançado na época das Big Bands, entre as quais destacam-se a de Glenn Miller, Tomy Dorsey e Ray Connif.
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Mambo: nasceu em Cuba e virou uma salada musical. Tem como antepassados os ritmos afro-cubanos derivados de cultos religiosos no Congo. Seu nome vem da gíria usada pelos músicos negros ("estás mambo? "- "tudo bem com você?"). invadiu os EUA nos anos 50.
Merengue: ritmos veloz e malicioso, nascido na Rep. Dominicana, e tem seu nome derivado do jeito que os dominicanos chamavam os invasores franceses no século XVII (merenques).
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Pagode: variação do samba que apresenta características do choro, tem estilo romântico e andamento fácil para dançar. Obteve grande sucesso comercial no início dos anos 90. É uma variante paulista da gafieira carioca.

Rock and roll: ou simplesmente rock, surgiu nos EUA em meados da década de 50. Tornou-se a forma dominante de música e dança popular em todo o mundo. Inicialmente de música muito simples, era um estilo de forte ritmo dançante. Entre os primeiros cantores e compositores, quase todos negros, destacam-se Chuck Berry, Little Richards e Bill Halley. Elvis Presley foi o primeiro grande astro do rock e da emergente indústria fonográfica. Destacaram-se no período The Beatles, Janis Joplin, Rolling Stones, Jimi Hendrix, The Doors, entre outros. Na década de 70, Pink Floyd, Alan Parsons Project, Lou Reed, Van Hallen e David Bowie.
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Rumba: o embalo sensual da rumba nasceu como dança da fertilidade em que os passos dos bailarinos imitavam a corte dos pássaros e animais antes do acasalamento. Durante a dança, há sempre um elemento de insinuação e fuga.

Salsa: ritmo musical desenvolvido a partir da segunda metade do século XX com contribuições da música caribenha e de danças folclóricas desta região, como a conga e o mambo. Em seu acompanhamento predominam os instrumentos de percussão.
Samba: dança acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Trazido da Bahia pelos negros (final do século XIX), o samba desenvolveu-se no Rio de Janeiro incorporando outros gêneros cultivados na cidade, como a polca, o maxixe, o lundu, o xote etc. originando o samba carioca urbano e carnavalesco. Algumas das derivações do samba são: o partido-alto, o samba-enredo, o samba-choro, o samba-canção, o samba de breque, o samba-exaltação, o samba de gafieira e o sambalanço. O pagode, que apresenta características do choro e um andamento de fácil execução para os dançarinos, encheu os salões e tornou-se um fenômeno comercial na década de 90.
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Valsa: dança de salão derivada do ländler, popular na Áustria, Baviera e Boêmia. Caracteriza-se pelo compasso ternário da música, pelos passos em que os pés deslizam pelo chão e pelos giros dos pares. Surgiu entre 1770 e 1780.
Xote: tipo de dança de salão de origem alemã, popular no Nordeste, executada ao som de sanfonas nos bailes populares. Trazida ao Brasil em 1851 pelo professor de dança José Maria Toussaint, com o nome original de schottische. Também chamada de xótis.
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Dança moderna
Dança Moderna na América
Dança Moderna começou na América no início do século 20 quando os antecessores dos artistas que hoje conhecemos, começou sua própria rebelião contra a formalidade do balé e da previsibilidade das populares mostras de dança do período.
As suas técnicas e estilos eram muito diferentes, o que eles tinham em comum era insatisfação com as opções disponíveis para bailarinos e, em seguida, o objetivo último de transmitir ao seu público um senso de realidade interior e exterior – um objetivo que ainda inspira bailarinos modernos hoje.
Os pioneiros da dança moderna na América pode ser atribuídos a Loie Fuller, Isadora Duncan, Ruth S., Dennis, Ted Shawn e Maude Allan.

Dança contemporânea
A dança contemporânea surgiu na década de 60 como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas inovações e experimentações que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir desenvolvendo uma linguagem própria.

A dança contemporanea modificou drasticamente as "posições-base" do ballet clássico, além de tirar as sapatilhas das bailarinas e parar de controlar seu peso. Ela mantém, no entanto, a estrutura do ballet, fazendo uso de diagonais e da dança conjunta. A dança contemporânea busca uma ruptura total com o balé, chegando às vezes até mesmo a deixar de lado a estética: o que importa é a transmissão desentimentos, idéias, conceitos. Solos de improvisação são bastante freqüentes.
A composição de uma trilha para um espetáculo de dança contemporânea implica diversos outros fatores além da própria composiçãomusical.
A dança contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de pessoas podem praticá-la.
Esse tipo de dança modificou o espaço, usando não só o palco como local de referência. Sua técnica é tão abrangente que não delimita os utensílios usados. O corpo, pesquisando suas diagonais, não delimita estilos de roupas, músicas, espaço ou movimento.

Dança Teatro

O que é Dança-Teatro?

  O conceito de dança-teatro surgiu na Alemanha, no Folkwang Tanz-Studio, criado por Kurt Joos no final da década de 20 e ganhou notoriedade a partir da década de 70,  tendo na figura da coreógrafa alemã  Pina Baush seu principal expoente. 
A expressão dança-teatro (tradução da expressão alemã "Tanztheather") era usada por Rudolf Von Laban para descrever uma arte independente das outras; com coreografias que incorporavam movimentos do cotidiano e movimentos abstratos em uma forma narrativa.  É  uma dança com "efeito de teatro”. 
Na dança-teatro os dançarinos representam um personagem. Pina Baush, em seus trabalhos, promovia um entrelaçamento entre dança e palavras. Os corpos ganhavam consciêcia de si próprios e expressividade através de repetições de gestos, palavras e experiências; estando sempre em constante transformação. O corpo ajuda a contar uma história, mas ele próprio possui a sua história; que também pode ser percebida nas apresentações. Ele é um uma visão particularizada de uma vivência.
O teatro tem a sua essência na linguagem verbal. A dança tem sua essência no corpo humano. Ele é o seu principal instrumento de expressão. A dança-teatro unifica esses dois elementos. O corpo é texto dos dançarinos-atores. 
Ao longo da história, inúmeras são as sociedades que de forma ritualística agregaram danças e narrativas em “eventos” importantes para as suas comunidades. Ritos de passagens de condições sociais e ritos religiosos são os expoentes máximos dessa união. O teatro e a dança estão intimamente ligados nesses rituais onde cidadãos contam as histórias (míticas ou reais)  de seus povos; e dança-teatro resgata um pouco desse caráter. 
O pilar fundamental da dança-teatro é unir a dança e o teatro pelo seu ponto mais conflitante para daí surja um espetáculo. 
VIDEODANÇA
A produção de videodança no Brasil ganhou fôlego no início deste século, e vem percorrendo uma trajetória ascendente de amadurecimento e expansão. Mesmo tendo registros de existência desse formato de arte no País desde 1973, a partir do trabalho da coreógrafa Analivia Cordeiro, chamado M3X3, é apenas no início dos anos 2000 que o videodança se consolida como linguagem. Esse fato está intimamente ligado ao surgimento de festivais, mostras e editais brasileiros voltados para disseminação desse suporte artístico nos últimos 10 anos.
Dentre as iniciativas que propiciaram a divulgação de videodança no Brasil podemos citar o Projeto Rumos Itaú Cultural, que já dedicou dois editais de premiação específicos para este formato em 2003 e 2006, e o Dança em Foco, evento surgido em 2003 com uma programação voltada exclusivamente para a linguagem. Este último tem sua última edição ocorrendo no Rio de Janeiro entre os dias 14 de agosto e 2 de setembro.
Atualmente, podemos citar vários eventos que agregaram em sua grade de atividades um espaço para apreciação de videodança como o Dança Brasil (RJ); Correios em Movimento (RJ); Mostra MOVE de videodança (RJ); Mostra Audiovisual Dança em Pauta (SP), Festival de Dança do Recife (PE), Festival de Inverno de Bonito (MS), entre outros.
Em Brasília, o Festival Internacional Novadança é um dos responsáveis pelo estímulo na criação de videodança. Desde sua primeira edição, em 1996, que o evento contém em sua programação uma mostra de vídeos de dança, mesclando a exibição de registros de coreografias e videodança. A partir de 2004, o Festival passou a dar um enfoque maior ao videodança com a mostra Dançando para Câmera, que faz uma seleção de trabalhos brasileiros e estrangeiros para exibição durante sua programação.
A maior conquista, entretanto, foi a criação de um edital para videodança dentro do festival, lançado em 2006. A proposta é realizar a premiação a cada dois anos. A próxima seleção deverá acontecer ainda este ano e terá o seu resultado anunciado em 2008. Na primeira edição, o patrocínio de R$ 35 mil da Petrobras foi dividido para a produção ou finalização de três trabalhos, selecionados em 2006 e exibidos em 2007: Várzea (SP), com concepção de Ricardo Lazzeta e Estúdio Biajari e direção de movimento de Ricardo Lazzeta; Em Outro Pé (SP), com direção de Kiko Ribeiro e Dafne Michellepis e direção coreográfica de Dafne Michellepis; e De Água nem tão Doce (BSB) com direção de Shirley Farias e coreografia de Laura Virgínia.
Esta iniciativa impulsionou o trabalho de Laura Virgínia no campo dessa nova linguagem. A artista recebeu R$ 5 mil para realização deDe Água nem tão Doce, um videodança de sete minutos inspirado no conto homônimo da obra “Contos de Amor Rasgados” de Marina Colasanti. Laura explica que a participação neste edital foi muito importante para viabilizar a produção do vídeo, visto que não existe nenhum edital local voltado para essa linguagem. A única alternativa seria concorrer com outros projetos de cinema, que exige um currículo mais qualificado na área.
A coreógrafa, que costuma criar em cima de textos literários, já tem um próximo projeto de videodança em andamento, que deverá ser exibido em novembro. A intenção é fazer uma espécie de “videodança Haikai”, produções de 17 segundos (5 segundos para primeira linha, 7 para segunda e finaliza com 5),com poemetos Haikai, feitos em câmera de celular e câmeras de fotografia. A idéia surgiu a partir de um workshop de Dança Haikai ministrado por Luciana Bortolleto. Picadinho de amor romântico e Virginia são os dois trabalhos em construção, inspirados em obras de Virginia Woolf.
Antes do edital, apenas dois videodança brasilienses haviam se concretizado: Cidades (2003) e Pequena Paisagem do meu Jardim(2006). O primeiro foi uma iniciativa do coreógrafo e produtor Giovane Aguiar, que dividiu a direção com o cineasta Sérgio Raposo. Com duração de 20 minutos, o filme foi produzido de forma independente, sem patrocínio. O trabalhou rendeu a premiação especial da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV) “pelo experimentalismo na utilização da linguagem cinematográfica” e ainda uma menção da crítica pela trilha sonora.
O filme Pequena Paisagem do meu Jardim surgiu de iniciativa do intérprete Alessandro Brandão, e foi inspirado na coreografia Eu só existo quando Ninguém me Olha, que ele fez para o grupo baSiraH, do qual faz parte. Brandão, que também é músico e ator, explica que sempre teve interesse na mistura de linguagens e a partir do patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do DF pôde concretizar a vontade de trabalhar com cinema. “Eu sempre tive vontade de fazer cinema e foi muito interessante mergulhar nessa linguagem. Eu já havia trabalhado como ator em filmes, mas foi minha primeira vez por trás das câmeras”, declarou Brandão.
Para a realização do filme, Alessandro contou com a parceria do cineasta Bruno Torres, participando na direção de seu projeto. Desde o início a idéia foi de fazer um trabalho em formato de cinema, por isso Alessandro continua captando recursos, para transformar o filme para 35 mm e melhorar o som. Ao que parece, essa experiência tem estimulado Alessandro no campo de produção de videodança. O intérprete já tem outro projeto na cabeça, de filmar o último espetáculo do baSiraH, intitulado De Água e Sal. Brandão explica que a idéia ainda está em processo e sem expectativas de quando irá se concretizar. A prioridade agora é finalizar o seu primeiro trabalho.
Outro trabalho em fase de construção é o videodança De Carne e Pedra, produzido pela ASQ Companhia de Dança. Em 2005 o grupo recebeu recurso do prêmio Klauss Vianna (Minc) para realizar uma pesquisa sobre dramaturgia do espetáculo Brasília – Cidade em Planoe transformá-la em linguagem para um vídeo. De Carne e Pedra é fruto desse estudo e está em fase de captação de recursos para sua concretização.
A imersão brasiliense nesse novo território tem se mostrado crescente e frutífera. Mas percebemos que a iniciativa tem surgido a partir do desejo dos próprios artistas de dança, associados com pessoas de cinema e vídeo da cidade. Não existe ainda nenhum núcleo de formação específico para videodança, apenas algumas experiências em workshops como aconteceu dentro do próprio Festival Novadança, em 1999, com a cineasta holandesa Angelika Oei.
O produtor do Festival, Giovane Aguiar, percebeu o interesse em videodança não apenas no DF, mas em lugares vizinhos, como Goiânia, onde esteve dando palestras. Ele cita que a inauguração da videoteca no Centro de Dança, em Brasília, também contribui para o contexto. O local abriga uma gama de registros de coreografias e de trabalhos em videodança nacionais e estrangeiros, grande parte doada pelo Festival. Essas iniciativas, acompanhadas por um prêmio de fomento, constituem um grande estímulo para proliferação dessa nova linguagem, não apenas em Brasília, mas no País.Conceitos da Dança de Rua
HIP HOP – Conjunto de quatro formas artísticas distintas chamadas de elementos (DJ, MC, GRAFITE, DANÇA). Daí a sua complexidade, uma cultura híbrida, sempre em movimento, em evolução constante.
Estas formas artísticas foram surgindo no ambiente urbano de Nova York, cidade dos Estados Unidos, na passagem dos anos 60 para os anos 70. O termo Hip Hop foi criado pelo então DJ Afrika Bambaataa, fundador da organização Zulu Nation, referindo-se ao movimento dos quadris.
A Dança de Rua – Street Dance é uma denominação para se identificar os estilos de dança que surgiram nos guetos americanos.
A Dança de Rua nasceu do Break, é em parte uma miscigenação de estilos que iniciaram a partir dos estilos que compõe o Break (bboy, popping e locking). Hoje a Dança de Rua é a soma do Break, do freestyle, do house, do wacking, do krump e de outros estilos dança que surgem facilmente nas periferias e hoje também nos grandes centros urbanos.
A dança de rua se destaca pela liberdade e facilidade de se moldar e a partir da dança atingir os sentimentos dos seus praticantes (respeitando um contexto, um estilo), a dança de rua pertence ao estilo musical do Funk, que deu origem ao seu estado de liberdade, de feeling (sentimento). Por estar intimamente ligada aos estilos musicais, a dança de rua também está intimamente ligada aos sentimentos que passam esses estilos musicais. A dança de rua não obedece às tendências musicais como regra, ela resgata os ritmos antigos, mistura os ritmos atuais e constrói o ritmo desejado. (by bgirl daniela)
A Dança de Rua influencia do visual estético do movimento, as formas e o trajeto, vai além do que o seu praticante sente vai e pode fazer, começa a atingir o que o seu apreciador, o que o público vê. Constantemente, os responsáveis pela pesquisa da dança têm se preocupado em relatar fatos e resgatar acontecimentos históricos e sociais quando criam coreografias de dança de rua, utilizando figurinos adequados para expressar o tema proposto, e senão for assim, há também a apreensão dos seus praticantes em se apresentar corretamente para a prática. Surge uma preocupação com o visual, a moda. Pode-se constatar a partir deste texto como os elementos do HIP HOP estão intensamente influindo na origem e desenvolvimento da dança de rua, além do break, o MC e o DJ na música, e o Graffiti e outras formas estéticas de representação no figurino. (by bgirl daniela)


Dança clássica

O ballet é uma dança conhecida pela sua beleza, leveza e graça. Encanta o público por combinar a dança, a música, os cenários e os fatos para contar histórias ou criar uma atmosfera particular. Os bailarinos são a parte mais importante desta representação, pois é através do seu vistuosismo e excelência de movimentos e da sua interpretação que eles transmitem à audiência a história que o coreografo quer contar.
A aprendizagem da técnica de dança clássica exige muito empenho por parte dos alunos, para que a evolução seja notória. É um trabalho que exige muita dedicação. É dentro do estúdio de dança que se põem em prática os conceitos básicos da técnica de dança clássica de forma a que os alunos desenvolvam as suas capacidades, progridam nesta técnica e se esforcem para atingir os seus objectivos.
A técnica de dança clássica trabalha a disciplina, a fisicalidade, a musicalidade, a graciosidade, o virtuosismo, a elegância, a coordenação e funciona como exercício físico que promove o bem-estar físico e emocional.

Danças Folclóricas Brasileiras – Nordeste

DANÇAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS
Entende-se por Danças Folclóricas as expressões populares desenvolvidas em conjunto ou individualmente, frequentemente sem sazonalidade obrigatória. Tudo indica que é na coreografia que reside seu elemento definidor. Existe grande número delas no Brasil. Para a organização do inventário que se segue, foi necessária uma seleção, aqui definida pelos critérios de abrangência nacional e por algumas particularidades, regionais e/ou locais.
Região Nordeste
· Cavalo Piancó (PI) – originária do município de Amarante, cavalheiros e damas, formando pares, compõem um círculo e dançam imitando o trote de um cavalo manco. O andamento musical varia entre apressado e moderado e a coreografia às marcações determinadas pela letra: trote apressado, trote requebrado, batidas de pés, galope saltitante etc. A letra pode ainda ser improvisada, o que influi na coreografia dos dançadores.
· Ciranda (PB, PE) – dança desenvolvida por homens, mulheres e crianças. Os dançarinos formam uma grande roda e dão passos para dentro e para fora do círculo, provocando ainda um deslocamento do mesmo no sentido anti-horário. A música é executada por um grupo denominado “terno”, colocado no centro da roda, tocando instrumentos de percussão – bumbo, tarol, caixa, ganzá – e de sopro – pistons e trombone. As canções, tiradas pelo mestre-cirandeiro e respondidas pelo coro dos demais, têm temáticas que refletem a experiência de vida.
· Coco (toda a região) – difundido por todo o Nordeste, o Coco é dança de roda ou de fileiras mistas, de conjunto, de par ou de solo individual. Há uma linha melódica cantada em solo pelo “tirador” ou “conquista”, com refrão respondido pelos dançadores. Um vigoroso sapateado denominado “tropel” ou “tropé” produz um ritmo que se ajusta àquele executado nos instrumentos musicais. O Coco apresenta variadas modalidades, conforme o texto poético, a coreogra-fia, o local e o instrumento de música. Os “Coco solto”, “Quadras”, “Embola-da”, “Coco de entrega”, “Coco de dez pés” são referidos pela métrica literária; os “Coco de ganzá”, “Coco de zambê”, pela música; os “Coco de praias”, “Coco de usina”, “Coco de sertão”, pelos locais; os “Coco de roda”, “Coco de parelhas ligadas”, “Coco solto”, “Coco de fila”, “De parelhas trocadas”, “De tropel repartido”, “Cavalo manco”, “Travessão”, “Sete e meio”, “Coco de visitas”, pela coreografia. A umbigada é presente em muitas variantes. No Rio Grande do Norte o Coco é chamado “Zambelô”, “Coco de zambê” e “Bamdelô”. Possui um instrumental mais complexo, constituído por atabaques, pequenos tambores, ganzá e afoxé ou maracá.
· Dança de S. Gonçalo (Al, BA, MA, PI, SE) – dança religiosa, organizada em pagamento de promessa devida a São Gonçalo. O promesseiro é quem organi-za a função, administrando todo o processo necessário à realização deste rit-ual. Em Sergipe essa dança é executada somente por homens. A única mulher presente não tem papel ativo. Este grupo é constituído por: “Patrão”, “Mari-posa”, “Tocadores”, “Dançadores”. Patrão e dançadores usam trajes especiais. O primeiro veste-se de marinheiro, por influência do mito; os demais usam indumentária que revela influência árabe: anáguas e longas saias floridas, blusa de renda branca cavada, xale colorido em diagonal no peito, turbante envolvido em fitas multicores, colares e pulseiras. A coreografia consta de uma série fixa de evoluções que se repete a cada jornada.
· Dança do Lelê (MA) – também conhecido pelos nomes de Péla ou Péla-porco, o Lelê é dançado em pares dispostos em filas lideradas pelos “cabeceiras” ou “mandantes”, “de cima” e “de baixo”. Esta dança compreende quatro partes distintas: “Chorado”, “Dança Grande”, “Talavera” e “Cajueiro”. Os instrumentos musicais são a rabeca, o pifano, castanholas artesanais, violão, cavaquinho e pandeiro. Os cantos, improvisados, são inspirados em acontecimentos do cotidiano. O Lelê é dança de salão sem dia nem mês específicos, embora possa ser organizada como dança votiva ou fazer parte da Festa do Divino e de outros santos populares.
· Espontão (RN, PB) – o nome deriva da meia-lança usada pelos sargentos de infantaria no século XVIII. É realizada por grupo de homens negros, cada um deles trazendo uma pequena lança com a qual desenvolvem uma coreografia que simula guerra. O chefe, denominado “Capitão da lança”, é o que leva a lança grande. percorrem as ruas ao som de tambores marciais; nas casas que visitam dançam agitando a lança e os espontões, realizando saltos de ataque, recuos de defesa, acenos guerreiros, numa improvisação que revela grande destreza nos movimentos. Não há cânticos mas acompanhamento rítmico produzido nos tambores marciais.
· Frevo (PE) - embora esteja praticamente em todo Nordeste, é em Pernambuco que o Frevo adquire expressão mais significativa. Dança individual que não distingue sexo, faixa etária, nível sócio-econômico, o frevo frequenta ruas e salões no carnaval pernambucano, arrastando multidões num delírio contagiante. As composições musicais são a alma da coreografia variada, complexa, acrobática. Dependendo da estruturação musical, os frevos podem ser canção, de bloco ou de rua. A coreografia recebe denominações específicas: “Chã-de-barriguinha”, “Saca-rolha”, “Parafuso”, “Tesoura”, “Dobradiça”, “Pontilhado”,
“Pernada”, “Carossel”, “Coice-de-burro”, “Abanando o fogareiro”, “Caindo nas molas” etc.
· Maculelê (BA) – bailado guerreiro desenvolvido por homens, dançadores e cantadores, todos comandados por um mestre, denominado “macota”. Os par-ticipantes usam um bastão de madeira com cerca de 60 centímetros de com-primento. Os bastões são ba-tidos uns nos outros, em ritmo firme e compassado. Essas pancadas presidem toda a dança, funcionando como marcadoras do pulso musical. A banda que anima o grupo é composta por atabaques, pandeiros, às vezes violas de doze cordas. As cantigas são puxadas pelo “macota” e respondidas pelo coro.
· Pagode de Amarante (PI) – de origem africana, o Pagode de Amarante é desenvolvido com os dançadores formando duas fileiras de pares que se cruzam sem obedecer a marcações coreográficas estabelecidas. Cada par improvisa movimentos com rodopios, sapateado e ginga. A música é executada por dois cantadores e ritmada no “gafanhoto”: consta de um pedaço de pau oco medindo cerca de quinze centímetros de comprimento, batido com um pedaço de madeira, tocado por todos os homens que dançam.
· Tambor de Crioula (MA, PI) – dança das mais recorrentes no Maranhão, é caracterizada pela presença da umbigada, que recebe o nome de “punga”. Desenvolvida com os dançadores em formação circular, a coreografia é executada de forma individual e consta de sapateios e requebros voluptuosos, com todo o corpo, terminando com a “punga”, batida no abdômen de outro participante da roda. Os cantos são repetitivos, à semelhança de estribilho. O ritmo é executado em três tambores feitos de tronco, escavados a fogo. O tambor grande é chamado Socador; o médio, Crivador ou Meão; o pequeno, Pererenga ou Pirerê.
· Torém (CE) – dança de terreiro com participantes de ambos os sexos que se colocam em formação circular, com o dançador solista ao centro. Tocando o Aguaim – espécie de maracá – o solista executa movimentos de recuo e avanço, requebros, sapateios, saltos, além daqueles imitativos de serpente e lagarto, reveladores de destreza e plasticidade. Os demais participantes marcam o compasso musical com batidas de pés enquanto vão girando a roda no sentido anti-horário. A música, à capela, é cantada pelo solista e repetida pelo coro de dançadores. O “mocororó” – suco de caju fermentado – é distribuído
fartamente durante todo o tempo da dança.
O Folclóre é uma Atração
de Pernambuco, Brasil.

 
Folclore

O marcante passado histórico aliado a criatividade do povo pernambucano resultaram em uma cultura popular extremamente rica e diversificada.

Dos europeus, o gosto pelas danças da corte, pelos bailados e epopéias; dos negros escravos, os requebros, a religiosidade e ritmos cadenciados; dos índios, o misticismo, a graça e a leveza de movimentos, próprios de uma raça que tinha na dança o reflexo do seu dia-a-dia.

Assim surgiram as mais variadas expressões populares, quase sempre associadas aos principais ciclos festivos:

Ciclo Carnavalesco: é a principal festa popular, manifestando-se em praticamente todo Estado. Destaque para Olinda e Recife ( Boa Viagem e Centro ). Blocos, troças, clubes, maracatus ( rural e de baque virado ), caboclinhos, ursos, blocos anárquicos, escolas de samba, afoxés, mascarados, bonecos gigantes, bois de carnaval.

Ciclo Quaresmal: malhação de Judas, serra velho e micarême, sendo este um carnaval no Sábado de Aleluia, manifestação bastante observada há anos passados e que vem sendo revivida atualmente.

Ciclo Junino: ocorre durante o mês de Junho, quando se homenageia Santo Antônio, São João e São Pedro. Manifesta-se em praticamente todo o Estado. Destaque para Caruaru ( a capital do forró ) Carpina, Paulista, Petrolina, Recife e Olinda. É tempo de fogueira, de ruas enfeitadas de bandeirolas e balões, de fazer adivinhações, de soltar fogos, de apreciar bandas de pífano, cantadores, acorda povo, bacamarteiros, violeiros, emboladores e de dançar quadrilha, forró, ciranda, xote, xaxado, coco e baião.

Ciclo Natalino: seu principal representante é o pastoril. Pode-se também observar o pastoril profano, a queima da lapinha, o reisado, a cavalhada, o fandango e o bumba – meu – boi. 


Manifestações folclóricas e religosas

Acorda Povo / Bandeira de São João:
“Acorda Povo” é uma tradicional procissão, com danças e cânticos, às vezes profanos, que conduz a bandeira de São João Batista ao som de zabumbas e ganzás. Seu inicio é quase sempre a partir de zero hora e vai até o dia clarear.

Bacamarteiros:
Tradição que tem origem na guerra do Paraguai. Consiste na reunião de atiradores de bacamarte sob a direção geral de um comandante, dividido em batalhões e que durante os festejos juninos e natalinos deflagram grandes descargas de pólvora seca, em homenagem aos santos padroeiros. São acompanhados por bandas de pífanos ou zabumbas, num ritual místico de grande efeito pictórico.

Banda de Pífanos:
A Banda de Pífanos é um conjunto de instrumentos de percussão e sopro. Apresenta-se tradicionalmente nas festas de ruas e nas cerimônias religiosas. É conhecida como cabaçal ou zabumba.

Blocos:
São agremiações carnavalescas, formadas por rapazes e moças de determinado bairro, que desfilam à noite, dançando e cantando suas músicas ( frevo – canção e marcha de bloco ) ao som de uma orquestra de “pau e corda”, com fantasias luxuosas. Quase sempre há um enredo que lembra certo episódio histórico.

Boi de Carnaval:
Conjunto de “bichos” do bumba-meu-boi ou dos entremeios do reisado que se desligam do auto do boi, durante o Carnaval para brincar na rua. Geralmente saem “Boi”, “Burra”, “Babau”, “Ema”, “Mateus” e outros palhaços com porta estandartes, cordão feminino e orquestra de gonguê, bombo, surdo, etc.

Bumba – Meu – Boi:
O Bumba- Meu- Boi é um dos espetáculos populares nordestinos. É praticado em arena, onde o público em pé forma a roda e vai se fechando em torno dos intérpretes no qual os papéis femininos são desempenhados por homens vestidos de mulher com uma orquestra composta de zabumba, ganzá e pandeiro.

Caboclinhos:
É um dos mais antigos bailados populares do Brasil. Nele está bastante evidente a origem de influência indígena. A indumentária consiste em tanga e cocar de penas de aves. Os componentes carregam arco e flecha, que servem não apenas como elementos de caracterização do índio, mas também para marcar o ritmo da música tirada por um terno: pífanos, ganzá e caixa-surdo.

Cavalhada:
A cavalhada é uma reminiscência dos torneios da Idade Média. Como folguedo popular, a cavalhada é um torneio equestre onde os cavaleiros procuram demonstrar sua habilidade. Começa com manobras em círculos, rodopios e outros figurados. Depois tem lugar a manobra de guerra e jogo de argollinhas.

Ciranda:
É uma dança rodada distinta das “cirandinhas infantis”. Distinta pelos “cirandeiros” (que são adultos), pelo repertório poético – musical; pelo instrumental obrigatório, que acompanha a roda ondulante dos cirandeiros que se enlaçam alternadamente; distinta ainda pelo local que escolhe, em geral afastado dos aglomerados urbanos, e se realizando pela noite a dentro; ou ainda, pela presença do Mestre Cirandeiro, a quem cabe “tirar as cantigas” (cirandas), improvisar versos e presidir a festa.

Clubes de Rua:
O clube de rua é a mais representativa agremiação carnavalesca. Dele fazem parte o baliza, ou mestre de cerimônia; o estandarte, tão sagrado na vida de um clube quanto a bandeira de um regimento; em seguida, a “onda”, grande corrente humana que retrata o prestígio de determinado clube; a fanfarra conjunto musical de metais e clarins; e, fechando o cortejo, o “cordão”, grupo de sócios do clube, realizando manobras pitorescamente vestidos.

Coco:
Acredita-se que o coco, dança popular nordestina, tenha nascido nas praias (daí sua designação). Quando apareceu, era dançado em roda formada com pares, na cadência de cantos especiais. Os dançarinos, cantando, trocavam umbigadas com o seu par e a moça do par vizinho, em movimentos sincronizados.

Dança de São Gonçalo:
Há um altar e nele São Gonçalo. Diante do altar, duas filas de dançarinos, cada um com um guia e um contraguia. Dá-se o revezamento dos extremos das filas e começam os movimentos em semi-círculo. Os dançarinos saltitam compenetrados, em busca da melhor harmonia coreográfica. Com métricas quebradas que sucedem, a dança se estende a não mais cansar.

Excelência:
É um canto entoado a cabeça dos moribundos ou mortos. Acredita-se que a excelência tem o poder de despertar no moribundo o horror do pecado, incitando-o ao arrependimento. É cantada sem acompanhamento instrumental, em uníssono, em série de 12 versos.

Fandango:
O fandango é um espetáculo popular que soma romance, dança, musica, anedotas, ditos, lendas e orações. A brincadeira desenvolve-se em um tablado armado no pátio alegórico, às vezes, à beira- mar. A duração é de toda uma noite. Os atores vestem-se de branco como marinheiros. Cantam, dançam e gritam ao som de instrumentos de corda, fazendo percurssão com um sapateado próprio.

Frevo:
O Berço do frevo é o Estado de Pernambuco. É uma dança de multidão onde possui uma coreografia: se abaixando e se levantando, pulando de um lado para o outro, porém não há disciplina a seguir podendo o passista ser criativo.

Malhação do Judas:
Os Judas são os bonecos de pano que ficam pendurados em postes e portais para serem estipardos e queimados ao amanhecer do Sábado de Aleluia. Originalmente, a cena representa o castigo ao apóstolo traidor.

Mamulengo:
Nome dos teatrinhos de fantoches introduzidos em Pernambuco ainda no século XVI. Foi inspirado no catolicismo alegórico da Idade Média. As peças apresentadas, embora obedecendo a um roteiro, são quase sempre improvisadas, representando uma resposta à reação dos expectadores. O mamulengo aparece em várias festas populares do ano ou faz a festa com as suas peças ligeiras, vivas e irônicas.

Maracatu:
O maracatu cujo o desfile evoca os cortejos dos soberanos negros é chamado de “nação africana”, urbano ou de “baque virado” e é uma exclusividade do carnaval pernambucano. A dança evoca o banzo africano em terras estranhas; é bamboleante, imitando o movimento do mar. A orquestra que acompanha o cortejo é formada por taróis, bombos, zabumba, ganguês e ganzás. Existem, ainda, os chamados maracatus rurais de orquestra ou de “baque solto”.

Quadrilha:
Manifestação folclórica típica do ciclo junino. Dança-se em pares formando duas alas. O primeiro par de cada ala representa o guia, aquele que deve orientar os demais. Enquanto isso, o marcador vai anunciando os passos (cuja terminologia básica teve origem nos salões aristocráticos da França), em geral a o número de 30. Ao som de conjuntos regionais música da época, os participantes dessa manifestação, vestido em “trajes matutos”, enchem de alegria e beleza as noites pernambucanas.

Reisado:
Auto natalino, fusão de cenas e cantos de reis com as congadas. Sincretismo também com o próprio bumba-meu-boi, que o admite como um dos seus entremeios. Seus personagens (reis, rainhas, embaxatriz, príncipe, vassalos, etc.)dançando, cantando e dialogando, apresentam os mais garridos trajes – saiotes e capas de cetim, guarda-peito e chapéu com enfeites de espelhos, vidrilhos lantejoulas, perólas muídas e fitas coloridas.

Serração do Velho:
A serração do velho é uma tradição européia conhecida em Pernambuco desde do começo do século XVIII. O folguedo reúne um grupo de brincalhões, diante da casa de um velho ou uma velha, na noite da Quarta-feira da Quaresma. Um deles, serrando uma tábua, e acompanhando, nesse rouco e lúgubre ruído, gritos, lamentos e prantos dos demais. Os velhos de modo geral, irritam-se com a brincadeira, dando ouvidos a crença de que o “velho serrado” não chega a outra Quaresma.

Troça:
As troças são clubes que desfilam durante o dia. Sua organização é idêntica a do clube de frevo, apenas apresentando menos figuras e luxo – é mais rústica. Também sua orquestra é similar a do clube de frevo, embora o número de instrumentos musicais seja mais reduzido.

Urso de Carnaval:
Conjunto cujas figuras centrais são o “Urso” (homem trajando máscara de urso e macacão de estopa), o Domador ou “Italiano” é o “Caçador”. Geralmente acompanhados por balizas, estandarte, orquestra (formada por sanfona, triângulo, bombo, pandeiro, etc.), malabarista, etc.

Vaquejada:
A vaquejada é o folguedo de derrubada do gado, indo o vaqueiro à cavalo. Correm sempre dois cavaleiros para conservar o animal em determinada direção. Emparelhado o cavaleiro com o novilho, aproximado o cavalo, o vaqueiro segura a calda do animal dando um forte puxão e afastando o cavalo. Desequilibrado o touro cai espetacularmente. A vaquejada é festa popularíssima no Nordeste.

Violeiros:
A Festa de São João em Caruaru, Pernambuco, Brasil, conhecida como a Capital do Forró, dura o mês de junho inteiro.O violeiro nordestino constitui um tipo especial, que tem alguma diferença do cantador de viola do resto do País. De viola em punho ou responde o desafio ou canta estórias ou, simplesmente, os acontecimentos do dia estendendo sua opinião ou interpretando os fatos a seu modo, enquanto fabrica suas rimas.

Xangô:
Tipo de culto africano introduzido em pernambuco pelos negros escravos. As grandes funções públicas do Xangô têm lugar à noite, nos dias santificados pela Igreja Católica. A maior de suas celebrações públicas é o “toque” - em que ao som de ritmos originalmente africanos, os fiéis dançam em círculos, trajando as cores dos seus deuses patronos.

Xaxado:
O xaxado, nasceu no Sertão Pernambucano. Dança-se em fila indiana, um atrás do outro, sem volteio, avançando o pé direito, fazendo de três a quatro movimentos laterais e puxando o esquerdo, num rápido e deslizado sapateado. Tem letra agressiva e música simples, com acompanhamento de zabumbas, pífanos, triângulos e sanfonas.

Bumba-meu-boi (variante pernambucana): 
Originalmente ligado ao Ciclo do Gado, remonta à tradição cristã chegada ao Brasil através da evangelização efetuada pelos missionários católicos, envolvendo as idéias da morte/ressureição e a luta pela existência dos vaqueiros. É um teatro popular, satírico e direto encontrado em todo o Nordeste. Sua complexidade e duração têm tornado o Bumba-meu-boi mais simples nos centros urbanos e agora está sendo chamado de boi ou boizinho.
Cavalo marinho:
É um auto de teatro popular, com influências nas tradições das danças portuguesas, que conta o dia-a-dia, a religiosidade e as tribulações dos trabalhadores dos antigos engenhos de açúcar, principalmente da Zona da Mata Norte de Pernambuco e do Agreste da Paraíba. A dança é acompanhada geralmente por ganzá, rabeca, pandeiro e bagé (reco-reco).
Caboclinhos:
De origem indígena, é um folguedo bastante tradicional em Pernambuco. Talvez o mais antigo do Brasil, pois seu primeiro registro data de 1584. A dança representa batalhas, caçadas e colheitas. A música, leve e ligeira, é executada por pífanos, reco-recos e ganzás. As coreografias são muito ricas, com passos que exigem desenvoltura e agilidade.
Maracatu rural:
Também conhecido como maracatu de baque solto porque, diferentemente do maracatu urbano, há um improviso maior tanto na melodia quanto na letra. Folguedo popular de origem indígena, nasceu nos canaviais das terras dos engenhos da Zona da Mata Norte de Pernambuco no início do século XX. Conta a saga dos plantadores de cana-de-açúcar, os guerreiros do canavial, mostrando a destreza nos movimentos dos caboclos através da mistura de vários folguedos. Antes de sair para dançar, os caboclos bebem o azougue, um coquetel que mistura pólvora, limão e cachaça. Taí o segredo que não os deixam perder a animação, mesmo vestidos com pesadas fantasias (mais de 40 quilos).
Coco Popular de AliançaCoco:
Dança de influência africana, teve suas origens no ato dos escravos em quebrar o fruto do coqueiro batendo uma pedra contra o coco, cantarolando enquanto realizavam as tarefas. Geralmente é dançado em roda, na qual homens e mulheres dão o ritmo com as mãos e os pés. É um folguedo popular presente em quase todo o Nordeste.
Ciranda:
Tem sua origem nas danças infantis portuguesas. No Brasil, teve início na Zona da Mata Norte de Pernambuco, no município de Goiana, estendendo-se posteriormente para todo o Nordeste. Todos os participantes dão as mãos e formam uma roda cujo movimento simula o das ondas do mar. São acompanhados pelo “puxador”, que canta os versos, e uma pequena orquestra.
Pastoril:
Originado em Portugal, o pastoril é uma mistura de dança com teatro que retrata o nascimento de Jesus Cristo e se apresenta geralmente no período natalino. É composto por moças divididas em dois grupos: o cordão azul e o cordão encarnado, que cantam e dançam em homenagem ao menino Jesus; e a Diana, que fica no meio moderando a disputa entre os simpatizantes dos dois cordões.
Mamulengo:
De origem européia, o mamulengo possui influência no catolicismo da Idade Média na tentativa de dar animação aos personagens do presépio. Parecido com a marionete dos franceses, diferencia-se por não possuir cordão para dar movimento aos bonecos que são ocos, possibilitando o movimento com as mãos, daí a origem do nome: mão molenga, mamulengo.


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